TRIBUTO AO POETA RUBENS LEMOS
RUBENS MANOEL LEMOS, nascido em Santana do Matos/RN no dia 07 de junho de 1945, Jornalista, comentarista esportivo, cronista, poeta, boêmio, idealista. Faleceu em Natal/RN no dia 4 de junho de 1999, aos 58 anos de idade.
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A 8 EDITORA acaba de lançar o livro sob o título “POEMAS GUARDADOS”, de onde extrai os poemas abaixo de autoria do Rubens.
“Se eu morresse, agora?
Seria um ponto final?
Não creio.
Deixei distante uma vírgula,
minha continuação.
Além disso,
as reticências havidas
sugerem interrogação:
Parar ?
Pra quê?
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ENSAIO DE SOLIDÃO
Mesmo uma casa sem gente
Não está vazia.
O relógio é vida sobre o móvel:
Tique-taque, tic-tac,
São nervosos tiques.
Portanto, um plano de emoção.
O telefone calado sobre a mesa
é sentimento: de voz a espera.
Até o criado-mudo é sensação
De olhar a espreita.
Uma porta fechada é circunstância:
Abri-la é produzir o fato
Ou vida que por ela entre.
No tapete existe ausência,
mas permanece a marca
de pés tão procurados.
Cama travesseiro são desejos
Há tanto desejados.
Por isso é lamentável
constatar-me:
não há casa vazia que me encha,
nem objeto qualquer que me complete
pois afinal de contas não me acho:
falto-me
RUBENS MANOEL LEMOS, nascido em Santana do Matos/RN no dia 07 de junho de 1945, Jornalista, comentarista esportivo, cronista, poeta, boêmio, idealista. Faleceu em Natal/RN no dia 4 de junho de 1999, aos 58 anos de idade.
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A 8 EDITORA acaba de lançar o livro sob o título “POEMAS GUARDADOS”, de onde extrai os poemas abaixo de autoria do Rubens.
“Se eu morresse, agora?
Seria um ponto final?
Não creio.
Deixei distante uma vírgula,
minha continuação.
Além disso,
as reticências havidas
sugerem interrogação:
Parar ?
Pra quê?
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ENSAIO DE SOLIDÃO
Mesmo uma casa sem gente
Não está vazia.
O relógio é vida sobre o móvel:
Tique-taque, tic-tac,
São nervosos tiques.
Portanto, um plano de emoção.
O telefone calado sobre a mesa
é sentimento: de voz a espera.
Até o criado-mudo é sensação
De olhar a espreita.
Uma porta fechada é circunstância:
Abri-la é produzir o fato
Ou vida que por ela entre.
No tapete existe ausência,
mas permanece a marca
de pés tão procurados.
Cama travesseiro são desejos
Há tanto desejados.
Por isso é lamentável
constatar-me:
não há casa vazia que me encha,
nem objeto qualquer que me complete
pois afinal de contas não me acho:
falto-me