Ariano
Ontem amanhecemos nublados,
Hoje em lágrimas nos desmanchamos.
Eu e o Recife.
Um texto que não apreciamos.
Um fato sem propósito
Que ainda não aceitamos.
E agora, quem aquietará as nossas inquietações?
Quem alimentará a nossa fome de encantamento?
Quem fará flutuar a nossa alma?
Quem em um misto de firmeza e leveza se oporá à mediocridade?
Quem nos fará rir diante das verdades expostas?
O nordestino de branco, o rubro amado por todas as nações
O cavaleiro armorial de muitas faces
A "madeira de lei" que aos cupins bravamente resistiu
O frágil corpo que já não comportava tamanha genialidade,
No seio da terra foi plantado
E a nós, pobres mortais, nos resta resistir
E lutar com as armas dele e por ele.
Obrigada, mestre Ariano.