Saudades de Porciúncula

Trás dos montes aí estás Elefantina

Estática! Embora magestosa, e bela.

Marco do torrão que minh’alma ilumina,

Em multicores retratada, n’aquarelas.

Te venero à distância, ainda que destarte

A dor forte do meu peito, nessa saudade,

Me confunda, invada e maltrate, na ânsia farta

do cristalizar de suaves recordações.

Invejo-te andarilho que passa e se encanta

Com sua presença seminua, e sob tênue véu

de constante e espessa neblina, se insinua.

Melhor que o poeta está, esse viandante.

Sem chaga aberta e intumescida ferida,

devaneio saudoso dest’alma sofrida!

Homenagem à minha terra natal

Urias Sérgio
Enviado por Urias Sérgio em 18/05/2007
Código do texto: T492246