COLCHA DE RETALHOS
Literatos, sempre nos permitimos tudo,
ao cultivar o esfuziante latente dos aedos,
na intimidade d’ uma simples folha de papel
com o libido inebriante, do roliço entre os dedos ...
que nervosos correm atrás dos pensamentos,
de idéias loucas e às vezes de incoerentes reflexões
registrando, antes que os levem os ventos
o esvazio d’ alma traída ou tangida de paixões.
Colchas de retalhos lentamente vão se formando
de mil sentidos e multicores adereços
nas tétricas rimas de sentimentos sofridos
e nas apaixonadas juras de amores benfazejos.
Mas não se detalha para o tesouro, os caminhos no mapa,
que permita em rápida conquista o mistério elucidar.
Semeamos pelas sinuosas trilhas, metafóricas armadilhas
valorizando a estrada ... de quem o encontrar.
Homenagem aos poetas