CAETANA, TEU NOME É MORTE
Em memória de ARIANO SUASSUNA


Caetana, teu nome é morte;
E eu não vou te chamar,
Quero ignorar teu porte
E às vezes vou te driblar.
Sem perguntar se isso pode,
Mas é que vou precisar
De tempo e um pouco de sorte
Antes de voltar pra lá.

Caetana, você só venha,
Quando eu lhe convidar
Que você de mim não tenha
O que eu ainda não possa dar;
É que eu preciso de tempo,
De ter tempo pra ficar...
E o pouco tempo que tenho
Pode não dá pra esperar.

Já dizia o SUASSUNA:
Só depois que eu terminar...
Caetana, não se confunda,
Que é deste lado de cá,
Onde o canto da graúna
Vem sempre me despertar.
E se você tiver dúvida
Não vou puder escutar.