* Quando Felipão assumiu a sua preferência e insistiu com o goleiro da última Copa, choveram reprovações.
 
Essa ousada aposta significou para Júlio César uma oportunidade única. Ele precisava provar que Felipão acertou, confirmar sua ótima condição e, principalmente, desfazer o trauma de 2010.
 
Veio a Copa das Confederações, a conquista muito festejada, contudo não bastava. Júlio César passou a sonhar com o hexa para alcançar o perdão definitivo.
 
Não o perdão dos torcedores desconfiados.
Não o perdão dos críticos tão implacáveis.
O hexa permitirá o autoperdão, pois somente a conquista máxima será capaz de facultar o sono merecido e a paz a qual, após 2010, teima em ficar distante.
 
* Enfrentando o Chile, um erro na lateral gerou o empate inesperado.
 
A partida seguiu difícil e tensa.
Numa troca habilidosa de passes, a bola chutada exigiu uma defesa espetacular de Júlio César num momento vital (segundo tempo).
 
No finalzinho da prorrogação o chute acabou no travessão salvador.
Júlio César percebeu a presença da sorte.
 
Ratificando uma exibição sem grande inspiração, a seleção encarou os pênaltis decisivos.
Júlio César, bastante inspirado, convocou os companheiros, pediu garra, afirmou que faria três defesas, acreditou no êxito...
 
Ele sentia que a hora especial chegara.
 
* Ocorreram duas defesas prometidas e, no último pênalti, Júlio estava lá. Ele não tocou na bola, mas estava lá.
 
Mereceu os abraços, o reconhecimento e o grito de Galvão:
 
Vai que é sua, Júlio!
 
Um abraço!
Ilmar
Enviado por Ilmar em 29/06/2014
Reeditado em 29/06/2014
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