PARACATU
Dos batentes das janelas
tortos e quebrados,
sob a luz das pequenas velas
anciãos pajeiam debruçados;
de olho na rua empoeirada
Veem as carroças antigas
que desfilam sem pressa carregadas
enquanto suas rodas entoam cantigas.
Crianças sujas e descalças
vivem seus dias correndo
à noite brincam na praça
pensam que alcançam o tempo.
As casas guardam histórias
dos pobres e velhos escravos,
o tempo envelheceu suas memórias
e enterrados estão no passado.
Ao longe a chuva se deita na serra
molhando os campos sedentos
e prepara mais uma vez a terra
pra receber as novas sementes.
Marcelo Queiroz
09/06/14
14:37h