PARACATU

Dos batentes das janelas

tortos e quebrados,

sob a luz das pequenas velas

anciãos pajeiam debruçados;

de olho na rua empoeirada

Veem as carroças antigas

que desfilam sem pressa carregadas

enquanto suas rodas entoam cantigas.

Crianças sujas e descalças

vivem seus dias correndo

à noite brincam na praça

pensam que alcançam o tempo.

As casas guardam histórias

dos pobres e velhos escravos,

o tempo envelheceu suas memórias

e enterrados estão no passado.

Ao longe a chuva se deita na serra

molhando os campos sedentos

e prepara mais uma vez a terra

pra receber as novas sementes.

Marcelo Queiroz

09/06/14

14:37h

Marcelo Queiroz
Enviado por Marcelo Queiroz em 21/06/2014
Reeditado em 09/01/2019
Código do texto: T4853184
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