AMOR
O amor, quando se expõe, cria esse clima de entusiasmo.
De acendimento mútuo, e o coração festivamente se revela.
Os olhos se manifestam a deixar defluir o que sente na alma.
No íntimo ficam essas inspirações envolventes, essas primaveras...
Essas definições que arrebatam as criaturas, quando amam!
E apenas sabem o que sente, e apenas vivem essa realidade.
Essas abençoadas inquietações que horas, os distanciam da paz,
Ou lhes abrem os braços ante o amor que sentem, e consentem!
E vivem o presente, como, se não tivesse amanhã, coração na lua.
Como se o mundo fossem eternas estrelas projetada nas nuvens,
Dessas imaginações, dessas abstrações, dessas intensas alegrias.
Quem ama voa, voa de se mesmo, e desprende-se, depreende,
E esse estágio pode ser entendido como felicidade!
Voam num mundo só seu, imaginário, entre fantasias...
Entre os abstraimentos que sublimam suas aspirações.
Quando o amor se expõe, faz essas viagens,
De coração, para coração, e os sons...
Que ecoam entre folhas do outono, avivam essas verdades.
Pois amar é esse desejo insopitável, é essa vontade, incoercível,
É essa quase ironia, pois amar, também é, chorar a ausência,
É despir as carências que ficam impregnadas na alma.
Albérico Silva