Mãezinha, eu te amo!

Sempre me contagiava

a aproximidade do dia

do dia Dela.

Com festejos de alegria

eu a reverenciava

nos presentes que dava

para Ela.

E como eram poucos!

Nada iria bastar

nem se o mundo

eu pudesse comprar...

Nada para apagar

a cicatriz enorme

que deixei para nascer

na sua barriga.

Nem as noites que me ninou

ou o carinho que me cuidou

eu posso mais devolver.

Mães não deveriam morrer!

Ela partiu.

Não fui ao seu velório.

Como aceitar

seus braços inertes?

Como olhar seu rosto

pura matéria se ele era

o semblante mais bonito

que eu gostava de ver?

Não vou ao túmulo

onde dizem que está.

Ela não pode estar lá!

Posso apenas olhar árvores

que ajudou a germinar,

e posso sentir o vento

ou o ar, como fossem

sua carícia.

Uma coisa eu guardo

além de retratos,

a voz Dela!

Ainda hoje a ouvi

quando amanheci

e resolvi escrever

para Ela...

Com poucas palavras

pois se fossem com todas

não caberiam aqui.

Apenas proclamo:

"Mãezinha, eu te amo"!

sempresol
Enviado por sempresol em 11/05/2007
Reeditado em 11/05/2007
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