AO MEU IRMÃO, OSVALDO.
"A vida me ensinou a dizer adeus às pessoas que amo, sem tirá-las do coração."
(Charles Chaplin)
No dia 26 deste mês de maio de 2014, partiu-se o último elo da minha “célula-mater”!
O coração do meu amigo maior, negou-se a bater e ele se foi.
Há 3 anos internado numa clínica, em estado vegetativo, foi, agora, aos 89 anos de idade, chamado por Deus para sua corte.
Recebemos este desígnio do Senhor, com a resignação de quem, afinal, está cônscio de que foi o melhor para ele, cujo estado era irreversível.
Devo a ele a minha vinda a este mundo, pois foi para atender aos seus insistentes pedidos a meus pais, que fui concebido.
Durante todo o seu tempo neste mundo, foi meu escudeiro e segundo pai; tinha por mim uma afeição silenciosa, mas de infinita profundidade e saía de sua tradicional calma se alguém levantasse um só dedo para mim.
Vivemos juntos, tantos e tantos anos, sem uma rusga sequer; ele me compreendia e relevava as intemperanças do irmão, com a resignação de pai.
Saudades vou sentir, e muitas, mas terei sempre o consolo da lembrança da longa convivência que tivemos, da afinidade que sempre nos uniu, das alegrias que preencheram nossas vidas, dos risos, das brincadeiras , do imenso prazer dos nossos abraços, da troca de confidências, dos segredos ciosamente guardados, da parceria invejável.
Foi-se o velho “brother”, mas deixou um exemplo de dedicação, de amor, de simplicidade franciscana, de filosofia de vida, que , talvez até inconscientemente, tenha passado para mim, acabando por influir decisivamente na minha conduta, no meu caráter, na minha forma de ver o mundo.
Suas cinzas serão depositadas ao pé do grande castanheiro do sítio em Friburgo, local que ele amava e onde passava tantas horas do dia empenhado no trabalho de jardineiro, consciente e infinitamente prolongado.
A verde e orvalhada relva, os pássaros que o velho castanheiro abriga e os seus brilhantes frutos, por certo sentirão a falta daquele homem que, todas as manhãs, vinha tratar deles.
As suas cinzas, entretanto, passarão, em breve, a impregná-los, a penetrar em seu cerne, eternizando sua presença.
Mais uma boa alma que se vai!
Mais um alvo pombo procura o azul!
Que suas asas o levem, em segurança, à presença de Deus.
Até um dia, meu irmão!
"A vida me ensinou a dizer adeus às pessoas que amo, sem tirá-las do coração."
(Charles Chaplin)
No dia 26 deste mês de maio de 2014, partiu-se o último elo da minha “célula-mater”!
O coração do meu amigo maior, negou-se a bater e ele se foi.
Há 3 anos internado numa clínica, em estado vegetativo, foi, agora, aos 89 anos de idade, chamado por Deus para sua corte.
Recebemos este desígnio do Senhor, com a resignação de quem, afinal, está cônscio de que foi o melhor para ele, cujo estado era irreversível.
Devo a ele a minha vinda a este mundo, pois foi para atender aos seus insistentes pedidos a meus pais, que fui concebido.
Durante todo o seu tempo neste mundo, foi meu escudeiro e segundo pai; tinha por mim uma afeição silenciosa, mas de infinita profundidade e saía de sua tradicional calma se alguém levantasse um só dedo para mim.
Vivemos juntos, tantos e tantos anos, sem uma rusga sequer; ele me compreendia e relevava as intemperanças do irmão, com a resignação de pai.
Saudades vou sentir, e muitas, mas terei sempre o consolo da lembrança da longa convivência que tivemos, da afinidade que sempre nos uniu, das alegrias que preencheram nossas vidas, dos risos, das brincadeiras , do imenso prazer dos nossos abraços, da troca de confidências, dos segredos ciosamente guardados, da parceria invejável.
Foi-se o velho “brother”, mas deixou um exemplo de dedicação, de amor, de simplicidade franciscana, de filosofia de vida, que , talvez até inconscientemente, tenha passado para mim, acabando por influir decisivamente na minha conduta, no meu caráter, na minha forma de ver o mundo.
Suas cinzas serão depositadas ao pé do grande castanheiro do sítio em Friburgo, local que ele amava e onde passava tantas horas do dia empenhado no trabalho de jardineiro, consciente e infinitamente prolongado.
A verde e orvalhada relva, os pássaros que o velho castanheiro abriga e os seus brilhantes frutos, por certo sentirão a falta daquele homem que, todas as manhãs, vinha tratar deles.
As suas cinzas, entretanto, passarão, em breve, a impregná-los, a penetrar em seu cerne, eternizando sua presença.
Mais uma boa alma que se vai!
Mais um alvo pombo procura o azul!
Que suas asas o levem, em segurança, à presença de Deus.
Até um dia, meu irmão!