REAL ENCONTRO com: MARIA OLÍMPIA de MELO

Lediene Nunes

Dias antes de nos conhecermos havia avisado a ela que queria vê-la, tive um pouco de receio por pensar que ela poderia não querer.

Mas pelo sim pelo não arrisquei e marcamos um encontro no dia tal

hora tal.

Na verdade somos vizinhas de cidade e vou muito pouco a cidade dela, e nesse dia fui acompanhar minha filha que resolveu

Fazer uma tatuagem.

Chegando lá deixei minha filha e despedi dizendo que ia dar um passeio pela cidade, eu e uma amiga...(real) O rapaz disse a minha filha que eu poderia esperar na antessala, ela falou: - 'Minha mãe vai encontrar com uma amiga virtual." O rapaz então disse: - "Sua mãe é maluca! Conhecer amiga virtual? E ela confia?..."

Bom! Como o combinado cheguei na praça em frente ao banco do Brasil e liguei avisando onde eu estava, ela disse que em minutos chegava. Como no e-mail ela disse ser fácil o reconhecimento por estava usando uma bengala. Eu olhava todas as mulheres se que se aproximava e nada... E comentava com minha amiga (real) será que ela não vem? Pois ela estava esperando visita do sobrinho que vinha de longe vê-la, mas quando olhei em frente, uma mulher igual

a que vejo no perfil do recanto. De óculos branco, cabelos curtos e um rostinho bem redondinho, sem bengala, mas logo pensei; é ela.

Assim que completei meus pensamentos ela atravessou a rua e veio ao meu encontro, eu levantei-me e ela disse então você é Lee Nunes? - Eu mesma...

Nos cumprimentamos e apresentei minha amiga (real) a ela, convidei-a para sentar ao meu lado assim começamos uma conversa que foi

abrindo leques para outras conversas quando dei por mim minha amiga (real) não estava mais do nosso lado tinha ido sentar-se em outro banco.

Era fim de tarde, uma tarde calorenta onde logo incomodadas pelo sol forte em nossos rostos mudamos de banco, e fomos andando por entre árvores, pessoas e cachorros e avistamos minha amiga (real) sentamos com ela e colocamos ela no nosso assunto.

Ainda faltava um pouco para terminar a tatuagem da minha filha e então Merô nos convidou para ir a sua bela e requintada fábrica de pões, lá ela nos ofereceu algo que timidamente eu e minha amiga recusamos, afinal não estávamos com muito tempo.

Mas a gentileza da minha amiga recantista foi grande e nos presenteou com roscas e rocamboles, muito deliciosos. O ambiente agradável com músicos cantando e tocando ao vivo, e uma alegre mulher acompanhando eles e se balançando-se toda, e Merõ disse ser sua irmã, prestei mais atenção na fisionomia dela e vi que realmente se pareciam, amei o ambiente.

Nos despedimos no intuito de nos vermos mais vezes. Apesar do tempo corrido e da breve conversa falamos de quase tudo um pouco, e também tive a sensação de nos conhecermos a tempos.

Maria Olímpia uma pessoa agradabilíssima, ou simplesmente Merô minha colega de textos estou feliz por ter lhe conhecido por ser verdadeira a pessoa que leio e comento, e por ser a primeira amiga virtual que vejo de perto, muito grata pelo seu carinho querida.

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Maria Olímpia

Ela disse que gostaria muito de me conhecer e ao mesmo tempo que fiquei feliz com a ideia, também fiquei assustada. Afinal uma coisa é imaginar o que sou e quem sou através de meus textos, outra é me olhar cara a cara e se decepcionar. Não posso negar, o inverso também é verdadeiro. Tive medo de não gostar dela, apesar de ser muito difícil isso: eu não gostar de alguém. Mas acontece... Então marcamos um encontro em território neutro, afinal ela não conhece bem minha cidade e achei que acabaria se perdendo e se desgastando se passasse os momentos reservados para nos conhecermos me procurando. Ela ligou e avisou: Estou na Praça, em frente ao Banco do Brasil. Subi apressada, o que me causou certo desconforto porque eu ainda estava em convalescença. Havia dito a ela que seria fácil me reconhecer, afinal eu estaria usando uma bengala. Mas deixei a bengala em casa e fui, soltando fumaça pelas ventas. Avistei uma moça sentada em um banco bem próximo ao Banco – não, não é ela, pensei e nem me dei ao trabalho de perguntar. Olhei para a Praça e lá estava ela, Lee Nunes, amiga do Recanto assentada a minha espera. Eu a reconheci logo e passamos algum tempo juntas em um papo gostoso de quem se conhece faz tempo. Falamos de coisas da vida, falamos de ideias e planos, falamos de família. Ela esperava a filha que estava fazendo uma tatuagem e eu queria conhecer, mas não deu. Eu esperava meu sobrinho Tiago que viria passar o aniversário conosco e precisei voltar para casa onde ele já me esperava. Antes levei Lee até a minha Fábrica de Pães onde um animado Grupo Seresteiro encantava os fregueses.

Agora Lee me avisa que estará de volta. Estou ansiosa esperando porque quero inclusive conhecer sua filha que virá junto. Lee me conta também que seu primeiro livro está pronto e já me convida para o lançamento. E eu certamente farei o possível para ir.

Aqui na minha página fico feliz pela sua interação amiga Merô, grande abraço, Lee.

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Hoje 22/05/2014

Soube que esta minha querida amiga veio a falecer, estou triste com o coração partido.

continuando este texto que escrevemos em dueto na época do nosso encontro, venho relatar que estive com ela meses depois juntamente com minha filha e fomos muito bem recebidas em sua casa. conversamos muito, rimos muito.

Após este dia eu estive na Padaria Rocha a fabrica de pães dela com meu filho caçula e trocamos livros. Ela sempre com um sorriso no rosto, amável e carinhosa.

Merô minha amiga, você deixa saudades!

Lee Nunes
Enviado por Lee Nunes em 24/05/2014
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