HOMENAGEM DOS POETAS E POETISAS DO CHURUME LITERÁRIO À GABRIEL GARCÍA MÁRQUEZ, QUE NA QUARTA-FEIRA SE DESPEDIU DE TODOS NÓS.

Quando um pássaro completa o seu ciclo vital, as suas asas já não suportam erguer o próprio corpo, estão muito fragilizadas e velhas.

O seu conto continua o mesmo, mas já não tem o mesmo fôlego.

Os olhos desejam ainda muito voar, a mente ainda cruza os quatros pontos cardeais e sempre volta para as terras de onde voou e cantou pela primeira vez.

Quanto tempo leva para escrever cem anos de solidão? As minhas memórias de minhas putas tristes, me consolam o peito, já algum tempo danificado pelo tempo.

Minhas mão hoje, choram a escrever estas poucas palavras ao maestril das terras latinas, que hoje nos deu o direito de sentir solidão.

Que venham do sul, os palavrões! Para acalmar as veias ensanguentadas sobre a pele latina, que clama ainda por liberdade! Que cada um poeta e poetisa gritem palavras poéticas de ordem e desordem! As minhas poéticas prostitutas (palavras) estão se masturbando em plena via pública à esperar García...

Hoje um poeta desencasulou-se desta PORRA! de sub-vida, onde o que mais se conta, são os tostões da escravização da massa.

Seja bem vindo Gabriel García Márquez! Ao mural dos mártires, marcos de lembranças! E assim, segue, a saga do mundo dos homens! Que enterram os seus indesejáveis, sem dar muita ênfase, somente uma tirinha de jornal furreca, para que ninguém saiba quem realmente foram.

Ao mais Gabriel dos Gabrieis! Ao mais García dos Garcías! Ao mais Márquez dos Márquez! O meu salve! LUTE’RATURA! LUTE’RALMENTE! LUTE’RATURA! LUTE’RALMENTE!

Marituba, 18-04-14.

SINQUÊ D’MELLO.

Hoje pela manhã, me sentir mais despida de ti.

Tuas mãos imóveis, frias!

Já não senti a poética calorosa do meu corpo ao teu lado.

As lágrimas borraram a minha maquiagem.

O meu batom, encarnado-venoso-cereja-cintilante, repousou sobre teu peito já calmo por completo (mácula).

E meu íntimo-vulvas-envoltas, queriam ti sentir mais uma vez, âmago à dentro de mim.

Para despejar a última vez, o cálice cálido de néctar

Do meu amor por ti!

Ahhhhhhhhhhhh!

Meu amor!

Eis de sempre lembrar desta manhã, de satisfação poeticamente íntima.

A ti, Gabriel García Márquez!

Meus ósculos olorosos de prazer e saudades!

Terra Firme, Belém-PA, 18-04-14.

MARY DOM.

E mais um vez as águas do sul, calam-se!

Hoje, pela manhã já havia naufragado o corsário das palavras (Gabriel García Maáquez) em águas calmas.

Repouse em paz!

Dentro da placenta da mãe latina que ti gerou.

E as águas em luto perpétuo, ti recebem.

Marabá-Pa, 18-04-14.

RAIMUND HAZULLW.

Desprenderam-se de mim

Pássaros-palavras de luto

Como estrelas que só surgem ao anoitecer.

E sem pedir licença

E nem adeus

Alçaram voo para o sul.

Foram galhofar as últimas cantorias

À Márquez!

E eles galhofaram por muito e muito tempo

As poéticas da vida.

Camutá, Bragança-PA, 18-04-14.

PSAR MARTINS.

Não esquecerei

Os teus sem anos de solidão

Que andavam de mãos dadas

Com as tuas memórias

De tuas putas tristes.

E as guardarei

Com tamanha ansiedade

Para o reencontro das palavras

Com as pessoas.

Até breve Gabriel García Márquez.

Rio Camarãoquara, iguarapé miri-Pa, 18-04-14.

HERCULANO DU’BENVINDO.

A gora o rio-mar

Salobro e barrento

Consola os igapós.

Pois hoje o filho da terra latina

Gabriel García Márquez

Foi consumido pelo clarão

Da morte.

E deixou um grande vazio

No curuperé

Da vida.

Bonito-PA, 18-04-14.

YSAC FAUSTINO NUNES.

Hoje, as minhas lágrimas denuncia a tua falta

Nestas horas perdidas

Sobre minhas latinas mãos

Cheias de flores e palavras.

Sou, mas uma de tuas putas tristes

E hoje mais triste do que nunca.

Adeus! Meu e sempre!

Gabriel García Márquez!

Marituba, 18-04-14.

ANNA VOEGG.

augustopoeta
Enviado por augustopoeta em 21/04/2014
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