...Carmem...
Prisioneira de sua casa
de manhã ao entardecer
Debruçada na janela
Por trás das grades
A viver seus males.
Tudo antes da hora
Em sua vidinha monótona
Virando uma eterna senhora.
Não vendo tempo passar
Nada de diferente acontece
Tudo parece normal.
Só a visita da mesmice
vive a perturbar
Que na cara de pau
Entra sem ser convidada
Lá se hospeda
Sem hora de voltar
Nada muda ,muda nada
Pois todos os dias
Da mesma forma está
Carmem dorme de olhos abertos
Quem sabe um dia...
Ela vai acordar.
Uma singela homenagem a uma vizinha que tive....Que vivia dentro de casa e não saia para lugar nenhum.O tempo passava e ela não o aproveitava