Sibilar
Uma tardia reflexão que não leva nenhum indicativo de finalização, na verdade é uma tardia reflexão para um começo.
De doze períodos, inicio-me no segundo sol do quarto, ou melhor, na segunda escuridão inicial do quarto. Um ato simples, lápis, papel, caneta e ordem, metas escritas, pouco traçadas, iniciadas aos poucos, porém fortes, tal qual o carbono que as risca.
Com muita parcimônia, tomada pela calmaria, determinação tornou-se meu novo guia. Não foi só que caminhei, muito menos só caminho, tenho em mim um mundo, tenho no mundo um ninho. Deles alçantes, pássaros fortes que em suas asas encontro afago, bem como, sopro que me leva ao alto.
São eles de várias espécies, canários papagaios, fênix, são familiares, amigos, todos fortes, determinados e persistentes. Persistentes em suas vidas, tanto quanto na minha. Insistem na minha melhora, me empurram para as conquistas e quando penso em desistir me carregam nas costas e voam, até que eu confie em minhas próprias asas.
Tantos passarinhos e passarinhas, que passaram e pousaram, e ainda estão aqui.
E no raiar do dia, quando o sol sorria, para que forte eu siga ouço o canto deles como uma sinfonia, um clássico, harmônico sibilar, em forma de bom dia! (F.S)