A grande dor
A dor cortante da perda da minha mãe,
É sol que brilha forte e nunca se põe;
É magma acumulado nas fissuras,
que flui em erupção do interior das placas;
É canivete perfurante, lancinante,
Mas que não arranca do barco as cracas;
É poeta com o peito ferido, lamuriante, dorido
Por uma tristeza desesperadora, algoz.
É jangada aparentemente frágil,
mas que enfrenta com intrepidez a onda feroz...
A dor cortante da perda da minha mãe,
É sol que brilha forte e nunca se põe.
(24.3.2014, o dia da morte de minha mãe)