A grande dor

A dor cortante da perda da minha mãe,

É sol que brilha forte e nunca se põe;

É magma acumulado nas fissuras,

que flui em erupção do interior das placas;

É canivete perfurante, lancinante,

Mas que não arranca do barco as cracas;

É poeta com o peito ferido, lamuriante, dorido

Por uma tristeza desesperadora, algoz.

É jangada aparentemente frágil,

mas que enfrenta com intrepidez a onda feroz...

A dor cortante da perda da minha mãe,

É sol que brilha forte e nunca se põe.

(24.3.2014, o dia da morte de minha mãe)

Jarrê
Enviado por Jarrê em 26/03/2014
Reeditado em 25/02/2020
Código do texto: T4744522
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