Leonel poeta!
Nas falanges da sabedoria
homem pobre, nobre
folhas brancas, rascunhadas
meio caderno de amores
com olhos iguais aos meus
homem poeta que no esconso
da noite lambe os lábios de alegria!
Homem poeta, sujo da vida
olhando as pegadas do céu
que na terra lhe foram roubadas raízes…
Declama poeta, declama
aos labirintos do teu caminho
oferece às bocas sequiosas
um parapeito de palavras
que nem aos poetas consagrados
- basta!