OURO PRETO

Minha Pátria querida

Eu sou o teu coração

Batendo descompassado

De tanto amor e emoção!

Sou música, sou arte

Sou a natural pintura

Levo o estandarte sagrado

Da mais sublime escultura!

Em minhas entranhas carrego

Ouro, prata e pedrarias

Sou a riqueza da Pátria

Sou a ingênua alegria...

Do mineiro hospitaleiro

Quando tira o chapéu

Curvando-se em reverência

Em respeito ao Pai do Céu!

Sou a mata ainda virgem

Nunca por ninguem trilhada

Sou a noite de lua cheia

Pelo rio apaixonada!

Sou o carvoeiro empoeirado

Que a muito perdeu a côr

Mas que quando olha o céu

Sabe o tamanho do amor!

Sou as austeras igrejas

As matrizes, catedrais

Tenho a beleza do talhe

Herdado dos ancestrais!

Sou a Marília de Dirceu

Cantada por Tomáz Gonzaga

Sou o próprio Tiradentes

Da sofrida Inconfidência!

Tenho ternura e carinho

Sou a mágica Ouro Preto

Criada de paixão e de sonho

Pelas mãos do Aleijadinho!

Ara Azul
Enviado por Ara Azul em 23/02/2014
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