Faleceu Felício Farinazzo – um besteiro.
Faleceu Felício Farinazzo – um besteiro.
Um amigo que gostava de jogar bestia, um jogo de cartas de origem italiana em que se exige uma carta virada e o naipe da mesma é que dita as regras: o az é o maior (bigão), depois o três, o rei, o valete, a dama, o sete, o seis, o cinco, o quatro e o dois.
Joga-se com um baralho e as cartas dez, nove e oito ficam fora. As quarentas cartas são iguais do truco, sendo o valete maior que a dama e, ainda, as outras trinta diferentes do trunfo (naipe virado) têm valores na mesma ordem: az, três, rei, valete, etc..
Quem não conheceu o Felício, pioneiro jandaiense, que residiu por muitos anos abaixo do albergue noturno, à Rua Presidente Kennedy, 536, com seu aparelho auditivo e tomava o seu “wisquinho” ou a sua “latinha” no Dingo Bar?
Ele, esposa, e algumas pessoas amigas fizeram doações mensais a mais de quarentas anos ao asilo local, principalmente de materiais de limpeza e higienização. E os que ficaram continuarão, com certeza, a fazê-lo!
Mas, deixa pra lá, porque talvez sejam pessoas sensíveis e não gostariam de ver a divulgação! Perdoe-me, Felício, mas a sua parte você fez e cabe a nós, mesmo sendo vicentinos afastados, reconhecermos o valor, a caridade e a bondade de cada um(a) do(a)s amigo(a)s e irmão(ã)s.
Felício faleceu no dia 6 e foi enterrado aqui em Jandaia no dia 7 de fevereiro de 2014.
Vale aqui indicar, para releitura, o artigo de minha autoria “BESTIA DE ITALIANO PARA BAIANO JOGAR”, onde ele, o Felício, com muito orgulho me contou várias vezes, que um dos seus netinhos viu e leu na internet e falou que o avô foi citado.
É verdade que muitos nomes do poema já não estão fisicamente entre nós, mas...
Ainda, indico o outro artigo, de minha autoria, “Aldo Cappi – um jovem centenário” onde também, faço alusão ao grande amigo que se foi, quando resida e administrava a Fazenda Irmãos Farinazzo e mudou-se para a cidade.
Os respectivos artigos serão relidos no www.recantodasletras.com.br, digitando Ponga, em autores. Muito Obrigado.
P.S.: Peço perdão e desculpas à família porque só ontem, 8, fiquei sabendo do passamento do amigo, inclusive, quinta-feira, 7, matei um leão pela manhã em Apucarana, matei um tigre à tarde em Jandaia do Sul e mais no finalzinho da tarde matei um rinoceronte em Mandaguari, como diz o ditado: “para não morrer como um cervo!”
Autor: Adiones Gomes da Silva (Ponga) – Pres. Da SPJ – Doc.nº 96, Fev/2014