No Dia dos Teus Anos...

Hei de fazer-te uma homenagem.

Mas, não há de ser com palavras surradas pelo uso corriqueiro; dessas que todo mundo diz em tais ocasiões, e que se estão tornando ineficazes.

Há de ser uma coisa nova, algo inédito. É certo que me servirei de termos comuns ainda, pois não quero parecer pedante, contudo, o significado será realmente novo, porque, convenhamos, o momento assim o exige. É claro que o que agora vou dizer não invalida todas as coisas que eu já te disse, pelo contrário, recobre-as da mais pura verdade.

A homenagear-te não gastarei tempo e papel atribuindo adjetivos a ti, também não des-cantarei ao mundo teus predicados que, sei, são muitos e maravilhosos; prescindirei ainda da metáfora que te transforma em flor e da hipérbole com que sempre me refiro à meiguice de teu olhar e à melancolia da tua voz, que acalanta este coração com sua doce cavatina.

Eu sei, tudo isso deveria eu dizer a mirar os teus lindos olhos, porém, se não me vale a força da eloquência, então, será a escrita a portadora fiel do mais forte e intenso senti-mento de afeição, ternura, carinho, amizade e o mais profundo amor.

Afinal, é teu aniversário, Flor de novembro.

E o que poderia ser mais valioso para mim do que saber que tu existes e que fazes parte da minha vida! Permita-me, pois, roubar, se não os mereço, alguns poucos instantes da tua doce atenção para dedicar-te estas pobres frases gemidas do fundo de minha alma para te exaltar.

Quero, então, unir a minha voz a voz dos anjos para entoarmos, juntos, uma canção para te felicitar, pois, como eu, eles também não te esquecem; tu surgiste em minha vida co-mo um anjo rutilante, que dissipou as trevas de um viver amargo e de sonhos desbota-dos.

És especial, e de um modo que não te digo, pois também eu não o decifro, apenas o sei que és. Talvez porque tens a sapiência de perceber em mim qualquer aflição; ou porque trazes contigo um secreto sentir que eu bem posso ver quando me deixas olhar na pro-fundeza dos teus olhos, mas que, ainda assim, não o sei ler e segue sendo um mistério.

E o que dizer-te, pois, em tão ditoso dia?

Parabéns? Felicidades?

Sim! Tudo isso, mas não somente. És, para mim, a certeza de que a felicidade é possível; a prova concreta de que Deus existe; o esplendor e a grandeza de um anjo na delicada pequenez e formosura de mulher.

Feliz aniversário!!!

Abnel Silva
Enviado por Abnel Silva em 04/02/2014
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