A MULHER QUE NÃO SUBIU NO SALTO.

A MULHER QUE NÃO SUBIU NO SALTO. (Dedico este texto a mim, a minha mulher e @s amig@s que estão em plena ascensão profissional).

Ela, mulher muito bonita, inteligente e independente, andava a passos largos na sua carreira de executiva em uma grande multinacional. Sempre chamou a atenção dos colaboradores de empresa por sua competência e determinação em suas decisões. Todavia, tinha seu comportamento avaliado e criticado quase que diariamente por seus colegas de trabalho, pois, achavam ela com certo ar de arrogância e altivez.

Talvez por ser mulher, bela e competente, caia no crivo dos menos afortunados de excelência profissional ‘pra não dizer invejosos’ sofrendo certo desprezo em questões que envolvesse diretamente o bom desenvolvimento da empresa.

Houve uma época que se necessitou de um funcionário para fazer uma viagem para fora do país. Foram cogitados vários nomes para tal empreitada, do vice-diretor ao departamento comercial, avaliou-se as capacidades de cada um, como: o relacionamento interpessoal, desenvoltura em línguas, capacidade de decisão entre outros atributos, findando em seu nome. Foi um alvoroço enorme por parte de alguns superiores na companhia quando fora publicado em memorando a pessoa escolhida. Foi alvo de críticas e cobiças, pois era uma viagem de muita importância que requeria decisões acertadas, e de certa forma lhe traria mais prestígio no trabalho.

Em pouco tempo conseguiu fluência na língua da região onde iria visitar/negociar, coisa não muito fácil de se adquirir; Estudou minuciosamente os detalhes envolvidos na transação; Escolheu o melhor roteiro de viagem e por fim embarcou.

Passaram-se algumas semanas e a executiva voltou da missão trazendo na bagagem um excelente resultado das negociações efetuadas naquele país. Não foi elogiada por seu chefe, porém, teve o reconhecimento da diretoria como a decisão mais acertada para os negócios da multinacional. Isto gerou um mal-estar geral entre seus colegas que ocupavam cargos mais elevados na hierarquia corporativa. Alguns não lhe cumprimentavam mais, outros desdenhavam da missão muito bem resolvida, e outros até romperam totalmente relações que não fossem profissionais, tudo por ‘ciúmes’.

Como era de costume, a exemplar funcionária continuou com seus afazeres de forma simples e eficiente, nunca subiu no salto com o sucesso profissional, nunca usou deste artifício para galgar novos cargo, ou subir no trabalho fazendo os outros de escada. Aproximou-se de pessoas mais simples, onde pôde de forma justa ajuda-las a prosperar em suas atividades. Da mesma forma que aumentava suas qualificações, aumentava também a própria autoestima e a admiração por parte dos outros funcionários abaixo na hierarquia “os quais eram maioria” formando uma base sólida e levando-a a cargos cada vez mais elevados até chegar à diretoria da companhia, onde pôde bem avaliar a qualidade dos profissionais que a cercavam. E não por isso, prejudicou ou perseguiu quaisquer colaboradores que antes tanto lhe criticavam, dando a oportunidade a seus algozes e mais uma vez o exemplo de que não precisamos subir no salto do poder para crescer profissionalmente.

M. C. MEIRA 30/01/2014.

MAERSON MEIRA
Enviado por MAERSON MEIRA em 30/01/2014
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