Meu pai
Meu pai
As mãos de meu pai me embalaram e abençoaram numa noite fria de maio. Foi a primeira vez que o vi... Meu pai, o primeiro homem de minha vida. Eu acabava de chegar ao mundo. Eu acabava de conhecer aquele que seria meu herói e meu vilão. Fascinava-me a voz trovejante, os ombros largos, alto, que por muito tempo achei que nunca iria poder olhar em seus olhos de perto. Bebia, fumava, jogava. Mas, estava em casa na hora do almoço, na hora do jantar e sua presença era absoluta. Impunha o respeito a oito menininhas e um menininho com apenas um olhar. Não era mau. Era pai. Destes pais que já não existem mais. Chegava quase sempre embriagado, pegava o violão e cantava e nos fazia cantar. Aprendemos a tocar violão com ele, aprendemos a pescar com ele, aprendemos a nadar com ele, aprendemos a ler com ele, e com ele aprendemos o valor da honestidade da verdade e da cidadania. Meu pai, que orgulho por tantos feitos seus. Mas também que tristeza por outros que não gosto de lembrar. Gosto de me lembrar do pai herói. Que nas noites escuras de meu medo de menina me acalentava com seu ronco alto que ressoava pela casa. Que me acolheu quando voltei para casa depois de ter saído achando que o mundo lá fora seria melhor, e falou a frase mais linda de minha vida: “Minha filha, eu nunca deveria ter deixado você ir.” Meu pai, trabalhador, sonhador, perfeito, imperfeito. Meu pai... gente. Minha homenagem a você pai querido. Não importa quantos anos você tenha. A velhice já chegou. Apenas na idade e no corpo. Sua presença ainda é o presente maior que Deus tem reservado a seus filhos.
Com amor.
Reeditado em homenagem ao único homem que ainda tem o poder de
me calar mesmo estando certa.
Meu pai
As mãos de meu pai me embalaram e abençoaram numa noite fria de maio. Foi a primeira vez que o vi... Meu pai, o primeiro homem de minha vida. Eu acabava de chegar ao mundo. Eu acabava de conhecer aquele que seria meu herói e meu vilão. Fascinava-me a voz trovejante, os ombros largos, alto, que por muito tempo achei que nunca iria poder olhar em seus olhos de perto. Bebia, fumava, jogava. Mas, estava em casa na hora do almoço, na hora do jantar e sua presença era absoluta. Impunha o respeito a oito menininhas e um menininho com apenas um olhar. Não era mau. Era pai. Destes pais que já não existem mais. Chegava quase sempre embriagado, pegava o violão e cantava e nos fazia cantar. Aprendemos a tocar violão com ele, aprendemos a pescar com ele, aprendemos a nadar com ele, aprendemos a ler com ele, e com ele aprendemos o valor da honestidade da verdade e da cidadania. Meu pai, que orgulho por tantos feitos seus. Mas também que tristeza por outros que não gosto de lembrar. Gosto de me lembrar do pai herói. Que nas noites escuras de meu medo de menina me acalentava com seu ronco alto que ressoava pela casa. Que me acolheu quando voltei para casa depois de ter saído achando que o mundo lá fora seria melhor, e falou a frase mais linda de minha vida: “Minha filha, eu nunca deveria ter deixado você ir.” Meu pai, trabalhador, sonhador, perfeito, imperfeito. Meu pai... gente. Minha homenagem a você pai querido. Não importa quantos anos você tenha. A velhice já chegou. Apenas na idade e no corpo. Sua presença ainda é o presente maior que Deus tem reservado a seus filhos.
Com amor.
Reeditado em homenagem ao único homem que ainda tem o poder de
me calar mesmo estando certa.