Ignorar a Própria Dor


Como expressar um sorriso
Quando a tristeza está no olhar
Evitar mostrar a dor que dilacera o coração.
Ser forte quando se está quebrada
Em frangalhos  por dentro.
O desejo e a luta para viver
Sabendo que está morrendo.
A vontade de querer está por perto
Quando  sabe que está indo embora.
Celebrar a vida só por mais um dia
Sabendo que a morte está chegando.
A esperança de viver no último suspiro
Se despede, a sua última respiração.
A minha visão distorcida, o que é a vida?
Em silêncio presenciei a sua partida
Neste momento perdi o chão e os sentimentos.
Meu Deus tanto que rezei pedi pela sua vida.
Tudo que me restou foi o seu olhar para sempre vou lembrar.
O mais dificil foi não chorar a cunhada dela Marluce ajudar
Na luta pela vida o câncer a levou em quatro meses.
Deixando órfão seus dois filhos, o menino de 3 anos
Uma menina de 8 anos, aos seus 37 anos.
Nas lembranças inesquecíveis minutos da despedida.
Maria da Penha lutou bravamente para viver
Despediu-se às 05h da manhã do dia 26/12/2013.
Como dói presenciar uma partida quando o desejo é viver.
O sentimento de perda, impotência vem à tona
Ser acompanhante de um parente no hospital
É ignorar a própria dor, sorrir e dar amor.
Guardar o choro e os sentimentos para evitar mais sofrimentos.
A ela deixo esta pequena lembrança que será para sempre lembrada.
O meu carinho e amor nos poucos dias que convivi com ela no hospital, descanse em paz Maria da Penha, você será eternamente LUZ.


     OBS.
Agradeço as orações, demonstrações de carinho, e-mails, ligações que tenho recebido em nome da minha mãe que continua internada.
Obrigada amigos e amigas. 


 



 
Maria Mendes
Enviado por Maria Mendes em 07/01/2014
Reeditado em 30/07/2020
Código do texto: T4640251
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