LILIAN MENALE


 

Uma Mulher Um Poema

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Os ocasos foram coloridos com o teu olhar
E pintaram dentro de mim a tua bela ternura
Alinhavados na alegria que me proporcionou
E jamais acabou ou desatou no liame da vida
É a sintonia duma mulher em forma de poema
Nobre e radiosa flor que cuidou do meu jardim
Por dizeres tu: aqui poeta será o teu caminho
Dos versos que nasceram e cresceram
Deram frutos numa suntuosa inclinação
Dono de um baú de poemas esquecidos
Amarrotados pelas tempestades uivantes
Empinados no pretérito por longas pipas
Lilian, ergueu a única porta do coração
Indicou com a mão direita o meu sertão
Chancelou a minha face de letras no Recanto
Saudou-me com a energia dos seus olhos
E viajamos pela Europa em tempo real
Na estação de dezembro é sempre marcante
E será sempre acentuado o dueto de natal
Nestes meigos traços que sou e serei
Não obedeço regras, assumo os preceitos
Não sou crítico, por não ser poeta crítico
E nem tão pouco exercer tal desempenho
Por tantos caminhos ínvios que ando
A existência me mostra a sinceridade

E a amizade alterou-se em diplomação
Nódoa marcante de uma boa amizade
Talvez, mais leal que o próprio amor
Tão acentuada a tua presença na alma
Lustrada e benemerente e tão garbosa
Quando chega o dia, o mês, o final do ano
Onde as nossas meditações voam na linha
Do coração que tramita todas as exultações
É sempre a saudade que rasga o meu peito
Dilacera num grito de ansiar um pêlago de paz
Flutuando “on line” as nossas locuções infindáveis
Agradáveis no universo que contém mais amigáveis
Tu és o meu símbolo dos meus versos
Juntos, criamos as primeiras linhas em versos "on line"

A camisa que nunca se rasga com o vento
E me cobre em dicções numa união sem fim
Assim, espero, que tu sejas eterna maravilha
Lilian, és a abertura de minha rua em versos
Calçadas por alegorias do teu sorriso e riso
São as nossas melhores histórias aqui narradas
E, por seres tu, a riqueza das minhas alacridades
Em nossas quadras de pensamentos notórios
Estarás sempre Lustrando a inclinação
E nada é tão mais raro qu’uma amizade
Tem verdadeira luta esta famosa mulher
É a poetisa de adjetivos inumeráveis e afáveis
Mãe que permeia os laços duma história
Efígie distinta do nosso afeto que não acaba
Escritos no caderno invisível do tempo
Navegados na claridade de um adjutório
Sim. Eu estou aqui, o teu mais singelo poeta mudo
No dom escrito que nunca falou, mais escreve
E profere sem enumerar o tempo que corre
Nas esperanças de um dia aqui chegar e auferir
Uma alameda de linhas que tu abriste para mim
Assim, tu és o regozijo dessa amplitude sincera
Margarida mais querida de todos os jardins
Demarcados na saudade de nossa amizade
Faz dedicação espalhada nessa irmandade
Num gesto bucólico da mais garrida finura
Adornadas de abençoadas expressões
Ó Musa galante do meu querer bem!
Flor que sempre me encantou e animou
Mostrou o lado do horizonte para seguir
Estrela que chispa sem cessar na minha mente
Faz abalizas nessa melodia e se torna inacabável
Faz-me sentir perto outrora quando estou longe
É mais afável quando ouço e ajuízo em ti
Todas as coordenadas que ainda existem
Estampadas no tesouro de verbos escritos
És sempre a aliança vindoura das temporadas
Nos algarismos das eras, conta-se oito anos
Ditos pleitos renovados constantemente
Ó Musa galante do meu querer bem!
Lílian, é a fenda de minha rua em versos
Abriu o torrão da minha escrivaninha
Lançando-me na terra brasileira
O que eu sei mais fazer, é viver em versos
Sonhar, e por crer eu, ser um pedaço de letra
No festival de meus próprios sonhos
Assim, assim, ou igualmente estará
Estarão sublimadas nas arestas da existência
No oceano de minhas ponderações enraizadas
Da legítima amizade intocável em milhões de afeições
El tiempo pasa, pero no es capaz de borrar nuestra luz
Tão forte como uma onda do mar e bela quão a tua alma.


Vídeo:


http://www.youtube.com/watch?v=QwOU3bnuU0k&hd=1

 
ERASMO SHALLKYTTON
Enviado por ERASMO SHALLKYTTON em 06/12/2013
Reeditado em 06/12/2013
Código do texto: T4600672
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