RECADINHO DA KIKA

Carta de despedida da minha cachorrinha. (Faleceu em 11/11/13 - as 12 horas) texto: jorge paulo.

Meus queridos Pais

No dia em que parto desse mundo, não poderia jamais se esquecer de vir agradecer por tanto amor e carinho que vocês me proporcionaram, nesses gostosos anos de nossa convivência.

Quantas recordações maravilhosas eu levo para esse meu novo mundo, onde estarei com minha mãe biológica Dolly e minha Tia Meg.

Não é mais possível estar ao lado de vocês, que tristeza... mais não somos eternos, todos nos estamos de passagem.

Acredito, tenho certeza que vocês gostaram muita da minha companhia, todos os momentos, todos os segundos, minutos e horas, que só me deram prazer e muita alegria.

Tenho muito orgulho de vocês serem meus Pais, me educando, cuidando com todo zelo em todos os momentos que ai vivi. Lembro-me dos nossos passeios na praia onde eu corria atrás dos caranguejinhos, dos pássaros e das garças, me refrescava nas águas do mar e me estrebuchava na areia da Praia. Às vezes vocês precisavam sair para fazer compras e eu me amoitava com cara de dengo para poder ir junto, nunca gostei de ficar sozinha, pois vocês sempre foram parte do meu ser.

Vou ter muita saudade do ronco e da buzina do carro de mamãe, a quem sempre aguardei todos os dias com tanta ansiedade sua volta dos compromissos do dia a dia. Tava eu ali de sentinela na varanda espreitando todos os carros que passavam até ela chegar. E que alegria em sua volta, haja rabo para tanto sacolejo, dava pulinhos e mais pulinhos de alegria. Viva mamãe.

Foi mais de 13 anos de amor, paixão, afinidade e mais alguma coisa quem nem sei dizer, mais que só eu sei sentir como ninguém.

Não chorem a minha despedida (mais sei que vão chorar, só eu sei a filha dedicada que fui).

Um dia a gente se encontra... e de novo, aja rabo prá sacolejar.

Vou me recordar muito daquele colinho gostoso no sofá da sala, e aquele dormidinha todas as tardes com meu Pai. Queria ter vivido mais um pouco, mais o que fazer, não foi possível, estava linda, toda bonitinha por fora, mais por dentro estava sofrendo muito, nem conseguia mais latir, abanar o rabinho que tanto gosto (quero saber do desgraçado que cortou meu rabo), dar aquele cheirinho com meu focinho, ficar em pé fazendo festinha, tudo se apagou de repente, eu já não era mais aquela KIKA.

Obrigado aos meus Pais, irmãs (ao) e amigos que deixei: minha mana Maira Veterinária, minha Baba Rose, que me acompanhou dias e noites em meu leito de dor e minha homenagem a Dra. Raquel que chorou abraçadinha a você mamãe; em minha despedida.

Meu beijinho a todos (melhor, minha lambida) e não se esqueçam, continuem mais e mais amando meus irmãos animais. Bae, bae... KIKA. (uma paixão infinita).