TROVINHAS A VINÍCIUS
NA MANHÃ DE 19 DE OUTUBRO DE 2013
(100 anos de nascimento)
Vinícius, doce Vinícius,
quanta saudade de ti!
Tu e Tom, Tu e Toquinho,
tu e tantos, poetinha!
Poeta de vida grande
de tantas, tantas veredas,
de tardes de Itapoan,
de angústias também acesas
nas sagas, as mais antigas
da tua alma inquieta.
Poeta do homem-povo
construído por si mesmo
Poeta, solidões fundas
da comunhão, da partilha
de Natal, de pisar leve
para ninar o Menino
e as nossas vidas tão breves.
Vininha das manhãs claras
dos solares violões.
Vinícius, tantas amadas!
As metafísicas noites
as perguntas infinitas
como o céu, o mar, os seios
a adoçarem solidões.
Vinícius, da patriazinha
que ele cantou, à distância.
- Visses rumos de agora...
Ah, que tristeza, Vininha!
Saudade em meu peito parco
teu canto, teus tantos ritmos
a percorrerem meus tempos.
Vinícius, ah... Tua bênção!
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