Eu não sou o que não sei ser
sou ,  o que busco ser em mim: 
amante da cultura
dos meus ancestrais,
assim,
não tenho cor ,
não tenho marcas,
minha marca é minha labuta,
minha vida nesse chão,
é a conquista ,
é a luta,
me pertenço enquanto educadora
no Quilombola da Lagoa Grande,
onde busco a essência do meu viver.

No plano espiritual
não tenho tez,
sou uma, em cada um e em  cada uma,
unidos e unidas  em um movimento mandala,
onde  os descendentes da Tribo Payayá
mostram sua história em samba de roda,
onde os descendentes quilombolas de Lagoa Grande,
contam  suas histórias,
nos reisados sagrados,
na política de Cassiano.

Eu me ajoelho perante a vida,
que se mostra,
minha cabeça ,
é meu guia divino,
 que interage com esse mundo,
mundo que busco,
que escuto,
que encontro razão,
identidade,
busca insessante pela paz,
que reina em mim ,
que reina em ti,
meu irmão ou minha irmã,
que veio aqui,
nesssa Terra,
tão singela,
tão querida.
Leah Ribeiro Pinheiro
Enviado por Leah Ribeiro Pinheiro em 10/10/2013
Reeditado em 20/11/2020
Código do texto: T4519137
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