* Há nove anos minha mãe abandonou o palco terreno.
 
Não costumo lastimar essa data.
Imagino que Deus decide o dia da partida de cada ser humano.
 
Quis o Pai que, no mês do surgimento da primavera alegre, a rosa mais perfeita partisse.
 
* Nove dias após a doce Anita veio ao mundo.
 
Confesso que sempre gostei muito de setembro.
Setembro sempre teve mais beleza, mais encanto, mais doçura.
 
Afinal de contas, minha mãe combina demais com setembro.
 
* Há uma ilusão de que a morte distancia o ser querido.
É um pensamento bem equivocado.
 
Claro que a presença física de Anita cessou.
 
Compensando isso, as recordações tão intensas e vivas renovam lições que seguem acompanhando o tempo todo.
 
As nossas conversas descontraídas, o que ela me ensinou, a sabedoria que ofertou, tudo forma um farol o qual me conduz.
 
* Pretendo agora homenageá-la através de um poema.
 
Preciso transformar o meu amor em versos!
Preciso fazer lindas metáforas brotarem da saudade!
Preciso sentir, conforme a incrível magia literária permite, mainha me embalando no colo, gerando uma paz a qual nunca mais experimentei!
 
Ah! Eu preciso tanto de minha mãe!
 
A mais bela das estações ressaltando novas flores surgirá
Jovens corações buscando amores a ocasião inspirará
Festejando a primavera ela nasceu bastante saudável
Tão doce era, a Terra agradeceu o instante memorável
Fez a jornada parecer uma dança com suaves passos
Costumava aquecer Ilmar criança nos seus braços
Quis Deus, em setembro, ver Anita adentrando o paraíso 
Adorável flor demais bonita, me deixando sem sorriso
Desejo agora homenageá-la, peço muita atenção
Corre a hora, crio o melhor verso, sinto dominar a emoção
Tive um sonho precioso, desfrutei toda a felicidade minha
Num momento maravilhoso, reencontrei na eternidade mainha

 
 
Ilmar
Enviado por Ilmar em 14/09/2013
Reeditado em 15/09/2013
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