Os Eternizados pela Nossa Saudade

Neste dia 30 de agosto, data significativa para a minha história de vida, onde lembro-me por informação, da morte da minha avó, onde uma pessoa muito amada por mim, pelo meu falecido irmão, e pela minha mãe, faz vinte e seis anos, distante de nós, mas trazido às minhas orações todos os dias com uma súplica a Deus que o abençoe, o guarde, e o livre de todo o mal, e também onde nos lembramos do aniversário de morte de Dalva de Oliveira, essa cantora tão maravilhosa, com uma voz bela e que foi talvez o maior apogeu da era do rádio. Mulher vitoriosa e que apesar de todo o sucesso, de toda a sua independência para os padrões da época, de toda a sua liberdade, deixou-se sucumbir por um amor que em seu fim privilegiou o nosso cancioneiro com composições maravilhosas que expressavam toda a mágoa gerada pelo fim do casamento entre ela e Herivelto Martins. Ouvir essas músicas hoje para nós que gostamos de ouvir canções com lógica e que contem uma história é nos transportarmos para os áureos momentos da música popular brasileira e temos que reconhecer que essa cantora deixou um legado em todos os aspectos, como mulher, como cantora, e como a mais maravilhosa expressão de superação de um ser humano, pois mesmo sofrendo com o baque da separação do seu grande amor por motivos que muitos dizem terem sido recíprocos, continuou a cantar e a maravilhar o país com sua bela voz.

Quando eu publicar esse texto, tenho certeza que mais uma vez o engraçadinho da vez virá perguntar se eu pisei na lama do dilúvio, pois segundo ele eu escrevo muito sobre assuntos que não vivi na época. E eu ainda revestida de uma boa educação já respondi que não recebi Cabral ( o Pedro Alvares) no descobrimento do Brasil, mas sei de toda a história, mas eu o perdoo ele gosta de mexer comigo.

Dalva de Oliveira, Cartola, Nelson Cavaquinho, Braguinha, Lupicinio Rodrigues, Herivelto Martins, e tantos outros, uns compondo, outros cantando, são artistas que o tempo passa, mas o talento foi tão grande que podem dizer que são ultrapassados e outros insultos as suas obras, que nada tirará o brilho do tempo que tiveram entre nós.

E não poderia deixar de lembrar Emílio Santiago, falecido no último dia 20 de março, esse tinha um repertório imenso, continuo lamentando a sua partida tão prematura.

Dalva dos Santos
Enviado por Dalva dos Santos em 30/08/2013
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