Mãe!
Já tivemos alguns momentos de discórdia. Alguns momentos em que ficamos magoadas uma com a outra. Alguns momentos que nos afastaram. E hoje, posso dizer, com grande certeza, que todos esses alguns momentos foram de enorme importância para a nossa relação. Diante de um "padrão" existente, nossa relação talvez possa ser chamada de peculiar. Relação peculiar que se dá entre pessoas peculiares. Situações sérias e de grande tensão foram impostos a mim e a ti de tal forma que entre nós foi dado um nó. Nem posso dizer que foi um laço, pois um laço, apesar de mais vistoso, sempre será mais fácil de se desatar do que um nó meio rústico. Nos momentos mais difíceis tentamos fazer gracinhas, imitações engraçadas (ninguém imita melhor Tatá Werneck que ela!), piadas sem graça. Nos perdemos em nosso mundo meio bagunçado e meio desordenado e nos reencontramos para uma xícara de café com leite. No meio de vidas meio desajeitadas, paramos para degustar um pequenino doce exposto nos luminosos balcões da vida (para manter as dietas em dia - ou não). E assim vamos levando, entre um doce e outro, entre uma perda e um grande achado. Não tive uma irmã, mas tenho uma mãe que se tornou uma irmã. A melhor e mais engraçada e mais divertida irmã que eu poderia um dia pensar em ter. Parabéns para a minha mãe! E eu posso espalhar para os quatro ventos, que ela é a melhor mãe que eu poderia ter.