PAI
Pai, quantas palavras gostaria de dizer, quantas emoções gostaria de externar, quantas lágrimas gostaria de chorar, lágrimas de alegria e de tristeza, mas sempre lágrimas de muito amor.
Como filho, pai, tenho-o guardado em minha mente, não como um pai perfeito, ou como um super-herói pai, mas sim como um “puta” pai, um pai de verdade, um pai de carne e osso, um pai que sofre mas que vibra com cada encontro com o filho, um pai daqueles que sempre foi por mim, que sempre se superou pelo filho, que sempre se fez menor pelo seu filho, um pai que tentei como exemplo para com meus filhos. Pai, o senhor não me ouve, nem pode, a sua existência já se foi, e só eu sei como seria bom que pudesse existir algo mais do que o aqui e o agora, mas a ilusão e a vontade, o desejo e o sonho não são suficientes para tornar verdade o que desejaria. Temo apenas que não tenha sido um filho que merecesse o pai que tive. Sempre fui independente e meio revoltado com a situação social de meu país, sempre tive um comportamento introspectivo quanto a expressão de meus sentimentos, muitos me acham frio e indiferente, mas sou apenas um ser que ama por ações e não por palavras ou gestos, mas torço que o senhor em sua simplicidade tenha entendido minha forma de agir, ajo por pensamento e por atitudes, tento fazer, construir, tento agir e muitas vezes não demonstro meus sentimentos com algum carinho tradicional.
Como pai, sou um bobo que faz pose de duro, queria carregar meus filhos no colo, queria trabalhar por eles, fazer suas provas, sentir suas dores, queria que toda e qualquer felicidade que sinto fosse prioritariamente sentida por eles também. Como pai, sublimo minha necessidade de estar junto a eles e tentei uma educação livre, baseada em amor, em verdades, em educação, e em respeito humano e social, alguns confundem minha liberdade com fraqueza ou descaso, por que no fundo creio que “eles não são meus filhos, no sentido de posse, e sim filhos da ânsia do viver” como li uma única vez em Kalil Gibran e nunca mais esqueci. Como pai, me diminuo por eles, como pai torço demais por eles, como pai doo minha vida inteira por eles. Como pai, não invisto neles como fundo de pensão para o futuro, ajo e faço por que quero e por que os amo, nada espero em troca, nem sequer que me olhem na cara. Como pai, sofro calado e vibro escancaradamente por eles.
Pai, só quem é sabe o que significa. Tive um pai e tento ser um. Meu pai é muito culpado por muito do que sou, isto só me dá mais orgulho dele ainda, sem cultura, imigrante pobre me ensinou o amor pela vida, pelo trabalho e pelo conhecimento. Sem educação tudo fez para me dar uma educação aberta, global e livre, sempre confiou em seu filho, sempre permitiu ser um pensador, um amante do saber, um buscador da verdade. Cristão e espiritualista, meu pai nunca me obrigou a segui-lo, percebia nele certo orgulho de minhas críticas as religiões por que no fundo ele também entendia-as corretas, amante de deus, talvez tenha sido uma das poucas decepções dele, mesmo assim nunca discutiu minha decisão, pois tinha a certeza que seu filho não abria mão do amor a humanidade.
Pai, tenho saudades, tenho lembranças, tenho filhos, tenho muito amor...
Pai, quantas palavras gostaria de dizer, quantas emoções gostaria de externar, quantas lágrimas gostaria de chorar, lágrimas de alegria e de tristeza, mas sempre lágrimas de muito amor.
Como filho, pai, tenho-o guardado em minha mente, não como um pai perfeito, ou como um super-herói pai, mas sim como um “puta” pai, um pai de verdade, um pai de carne e osso, um pai que sofre mas que vibra com cada encontro com o filho, um pai daqueles que sempre foi por mim, que sempre se superou pelo filho, que sempre se fez menor pelo seu filho, um pai que tentei como exemplo para com meus filhos. Pai, o senhor não me ouve, nem pode, a sua existência já se foi, e só eu sei como seria bom que pudesse existir algo mais do que o aqui e o agora, mas a ilusão e a vontade, o desejo e o sonho não são suficientes para tornar verdade o que desejaria. Temo apenas que não tenha sido um filho que merecesse o pai que tive. Sempre fui independente e meio revoltado com a situação social de meu país, sempre tive um comportamento introspectivo quanto a expressão de meus sentimentos, muitos me acham frio e indiferente, mas sou apenas um ser que ama por ações e não por palavras ou gestos, mas torço que o senhor em sua simplicidade tenha entendido minha forma de agir, ajo por pensamento e por atitudes, tento fazer, construir, tento agir e muitas vezes não demonstro meus sentimentos com algum carinho tradicional.
Como pai, sou um bobo que faz pose de duro, queria carregar meus filhos no colo, queria trabalhar por eles, fazer suas provas, sentir suas dores, queria que toda e qualquer felicidade que sinto fosse prioritariamente sentida por eles também. Como pai, sublimo minha necessidade de estar junto a eles e tentei uma educação livre, baseada em amor, em verdades, em educação, e em respeito humano e social, alguns confundem minha liberdade com fraqueza ou descaso, por que no fundo creio que “eles não são meus filhos, no sentido de posse, e sim filhos da ânsia do viver” como li uma única vez em Kalil Gibran e nunca mais esqueci. Como pai, me diminuo por eles, como pai torço demais por eles, como pai doo minha vida inteira por eles. Como pai, não invisto neles como fundo de pensão para o futuro, ajo e faço por que quero e por que os amo, nada espero em troca, nem sequer que me olhem na cara. Como pai, sofro calado e vibro escancaradamente por eles.
Pai, só quem é sabe o que significa. Tive um pai e tento ser um. Meu pai é muito culpado por muito do que sou, isto só me dá mais orgulho dele ainda, sem cultura, imigrante pobre me ensinou o amor pela vida, pelo trabalho e pelo conhecimento. Sem educação tudo fez para me dar uma educação aberta, global e livre, sempre confiou em seu filho, sempre permitiu ser um pensador, um amante do saber, um buscador da verdade. Cristão e espiritualista, meu pai nunca me obrigou a segui-lo, percebia nele certo orgulho de minhas críticas as religiões por que no fundo ele também entendia-as corretas, amante de deus, talvez tenha sido uma das poucas decepções dele, mesmo assim nunca discutiu minha decisão, pois tinha a certeza que seu filho não abria mão do amor a humanidade.
Pai, tenho saudades, tenho lembranças, tenho filhos, tenho muito amor...