Pai-2
Exatamente no dia 29 de julho de 2013, às 05:30 AM, um dos acontecimento mais tristes de minha vida. Neste fatídico dia encerra-se o último capítulo de uma vida cheia de muitos encontros e desencontros, partiu para uma outra vida, a vida eterna, juntamente com todos os anjos e santos, Jesus Cristo e Nossa Senhora, cuja mãe intercessora cuidará de todos no céu e os que estão aqui na terra. Napoleão foi um homem que lutou até o final de sua vida, ele não desistia jamais dessa luta pelo que lhe era mais sagrado. Foi um amante da vida e tudo fez para que a mesma se prolongasse. Eu não tive a oportunidade de vê-lo pela última vez, como vi a sua querida mãe Antônia em seus últimos estertores, ou suspiros.
Mas, de qualquer forma me relataram tudo o que aconteceu e tive a certeza de que a sua fé em Cristo era inabalável e mesmo em seu leito de morte, solicitou a extrema unção e a missa de envio proferida pelo sacerdote e isto só vem a confirmar a sua fé na vida eterna.
Homem que era honesto e trabalhador e fiel às tradições, logicamente que possuia inúmeros defeitos, claro todos nós temos também, mas, acredito que estes defeitos eram anulados pela quantidade de virtudes que possuia, só não vou enumerá-las para não correr o riscos de cometer injustiças, caso me esqueça de alguma. Mas, uma de suas virtudes mais marcante era a sinceridade.
É do conhecimento de todos que às vezes exagerava em suas conversas. Mesmo em momentos de ambiente hospitalar, arrancava risos e gargalhadas das pessoas presentes com suas histórias, e sempre ele levando a melhor em suas situações. Era engraçado? fanfarrão? Bem na realidade às vezes achava graça de suas histórias, mas, era divertido. Iremos sentir falta daquela voz de trovão, que ao se aproximar de nós ia aumentando o tom a cada instante.
Existem inúmeras histórias envolvendo-o e uma delas ouvi de um de seus amigos de trabalhos e que consistia no seguinte: Certa vez tentava laçar um animal (burro) e a cada golpe de laço o mesmo desviava a sua cabeça e por varias tentativas não conseguiu laçá-lo, então não conseguindo o seu intento e enfurecido com aquela situação, voltou à sede da fazenda, lançou mão de uma espingarda cartucheira e atirou no burro matando isntantaneamente. Talves muitos daqueles irmãos mais jovens não saibam disso, mas a fonte era segura pois veio de seu amigo Geraldo Pires, que tinha terras na vizinhança e trabalhava constantemente para ele em trabalhos diversos rotineiros. Acredito que seja mesmo verdade, pois, era impulsivo e não dominava seus impulsos em situações de extremo nervosismo.
Ele se foi, deixou os filhos e netos, nós ficaremos somente na lembrança de forte presença. Que Deus lá do céu possa perdoar os seus pecados e incluí-los na sua grande legião de almas abençoadas.