O CÓRREGO
O córrego corria...Corria...
Água esbanjava em
Meio a plantas, estradas
E assim
Acabava com a poeira e a sede
De quem por ali passava
O córrego solene, sozinho
Corria...Corria...
E entre uma serra e outra
Obedecendo o desnível
Parava
Parava só um tempinho de
Juntar
Juntar bastante água
E depois
Por cima de pau e pedra
O córrego de novo corria...
Até hoje ele continua
Correndo...
Na minha lembrança
Alegre e saudável
De dia adultos e crianças
Atravessam o córrego pulando
Descalços:
" ai mamãe, que água fria!".
De noite enquanto todos dormem
Sapos e corujas fazem a festa
No córrego
Iluminados pela lua.