MARGUERITE DURAS

Republicação no crepúsculo de 19 de julho de 2013 (Texto escrito em 27 de setembro de 2011)

Ontem assisti pela TV Cultura, a documentário sobre a vida e a obra da grande Marguerite Duras, escritora, autora e diretora de teatro, cineasta, comunista, lutadora na Resistência Francesa, enfim, um ser parte dos seres que passam a vida a lutar por todas as causas nobres, do amor pessoal ao destino da Espécie.

Em seu rosto se lê o mais fundo desencantamento com as coisas do mundo e com os destinos dessa Espécie, de cujos desatinos ela deu o mais terrível dos testemunhos em seu roteiro para o filme "Hiroshima, mon amour".

Que mulher! Que artista! Que cidadã do mundo! De dentro de mim, de dentro da covardia existencial que me causa vergonha, mas, da qual não tenho tido forças para sair, minha evocação de ti, meu respeito profundo por tua trajetória de coragem, tua trajetória, mulher, de quem eu gostaria de ter visto, na presença viva, o olhar, de quem eu gostaria de ter ouvido, na presença viva, as palavras do Amor desencantado, sempre-vivo amor.

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