MORALIZA O POETA NOS OCIDENTES DO SOL A INCONSTÂNCIA DOS BENS DO MUNDO – GREGÓRIO DE MATOS GUERRA
Nasce o sol, e não dura mais que um dia,
Depois da luz se segue a noite escura,
Em tristes sombras morre a formosura,
Em contínuas tristezas a alegria.
Porém se acaba o Sol, por que nascia?
Se formosa a luz é, por que não dura?
Como a beleza assim se transfigura?
Como o gosto da pena assim se fia?
Mas no sol e na luz, falta a firmeza,
Na formosura não se crê constância,
E na alegria sinta-se tristeza.
Começa o mundo enfim pela ignorância,
E tem qualquer dos bens por natureza
A firmeza somente na inconstância.
( Gregório de Matos Guerra)
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DUALIDADES NA PAZ E NA GUERRA... NA INCONSTÂNCIA DA VIDA – AILA BRITO
Ter paz é travar batalha constante,
Sem guerra busca-se a doce união,
Combates faz sangrar um coração,
Poda a tranquilidade do instante.
Porém, busca-se Paz, por que a luta?
Se a guerra só hostiliza e destrói?
Faz verter sangue e mais nada constrói?
Sem primar pela vida e sua labuta?
Na paz ou na guerra; tanta contenda,
No peito, brados tímidos ressoam,
Da tempestade, a ventura, se entenda.
Sonhos desfeitos em gritos ecoam,
Encerram-se vidas ao léu, sem tenda,
Entre tristezas; as canções entoam.
(Aila Brito)
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Interação do poeta UM PIAUIENSE ARMENGADOR DE VERSOS. Grata!
Se a minha opinião é tão valiosa
Que lhe cause assim tão boa impressão
Afirmo-lhe o penhor do coração
Que sua obra me é maravilhosa.