670) Ao “amor” da poesia
Em nome do amor e da poesia,
Estes que o tempo não sonega
Entregam-se a cada vez que nos vemos.
Reconheçam ao esbarrar-me
Os entre olhares que já nos demos.
Inúmeros tetos de luas e estrelas
Em tantos bares já nos dissemos versos.
Entre copos meios cheios
No tilintar de garrafas vazias (molhadas)
Com nossas gargantas secas
Entre falas e chamegos
Do bem querer e do apreço
Que a ti e a mim se fazem.
Diga-me agora, só, e tão somente
Amo-te, amor!
Do amor que ainda sentes...
E que ainda inconteste.
Cris Amaral