660) Ao Poeta

O Poeta é esse ser

Que se sacia diante da rima

Que trata a melancolia

Como companhia errante.

Brinca com a poesia

Num flerte pagante.

Que se deixa,

E desprende seu ser

A cada verso pronto,

Feito, exposto, talhado.

E mesmo em dias afoitos,

Inadvertidamente,

A prova desejada,

O seu aceite.

Que o envolva, englobe,

E lhe entorpeça o ente.

Que seja a poesia

Sua derradeira amante,

No desplante do ser

E por ser somente

Poeta e concomitante...

Cris Amaral

Cris Amaral
Enviado por Cris Amaral em 03/07/2013
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