HOMENAGEM - GONÇALVES DIAS / CANÇÃO DO EXÍLIO - (dueto? pretensão)

Minha terra tem palmeiras,

Onde canta o Sabiá;

As aves, que aqui gorjeiam,

Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,

Nossas várzeas têm mais flores,

Nossos bosques têm mais vida,

Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite,

Mais prazer eu encontro lá;

Minha terra tem palmeiras,

Onde canta o Sabiá.

Minha terra tem primores,

Que tais não encontro eu cá;

Em cismar –sozinho, à noite–

Mais prazer eu encontro lá;

Minha terra tem palmeiras,

Onde canta o Sabiá.

Não permita Deus que eu morra,

Sem que eu volte para lá;

Sem que desfrute os primores

Que não encontro por cá;

Sem qu'inda aviste as palmeiras,

Onde canta o Sabiá.

(Gonçalves Dias)

XXX

EXÍLIO DE ENCANTOS

Das palmeiras do teu canto,

Também eu encontro cá;

Minha terra tem palmeiras,

Nela pousa o sabiá.

Nosso céu sempre tão belo,

Nossas várzeas multicores,

Nossos bosques em verde viço,

Nossa vida em mil amores.

Refletindo inda me pego,

Transportado para lá;

Minha terra tem palmeiras,

Nela pousa o sabiá.

Minha terra tem encantos,

Dos quais me prendo, eu cá;

Refletindo - inda me pego -

Transportado para lá;

Minha terra tem palmeiras,

Nela pousa o sabiá.

Queira Deus que eu não morra,

Sem meu pouso ter por lá,

Pra desfrutar dos encantos

Que não deparei por cá,

Sem deslumbrar as palmeiras;

Nela pousa o sabiá.

Aila Brito
Enviado por Aila Brito em 13/06/2013
Reeditado em 17/10/2019
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