DESCULPA-ME, POETA VINICIUS DE MORAIS! APÓS LER ...
DESCULPA-ME, POETA VINICIUS DE MORAIS! APÓS LER TEU LINDO POEMA, “PÁTRIA MINHA”, AGORA SEI QUE, NAS LETRAS, NÃO SOU NADA E NADA SEI!
(prosa poética escrita por Janil Lopes Corrêa - jlc - jan)
Conheci Vinícius,
Em Le Havre, na França.
Lá, ele cônsul da minha Pátria,
Eu oficial da Marinha,
E o melhor da minha lembrança.
Aqui, poeta do, “Pátria minha”.
Escrito, longe do seu solo, ainda no exílio,
Por quem chorava, ao lado do filho,
Poema do chamado poetinha,
(pelo povo, como pode?)
Codinome que se contradiz
E nem por carinho se explica,
Para quem a ele se aplica.
Isso é uma grande falta de respeito,
Com quem para todos abriu seu peito,
Toda sua alma e todo o seu coração.
Por quem, por seu país, sua mágoa chorou,
Além de lhe doar o melhor da sua emoção,
Que de longe, sedenta em seus versos, brotou,
Além de toda a saudade que tanto o machucou.
Dele e de sua amada, no isolamento,
Esse Homem cantou todo o seu tormento,
Distante de seu país, no vazio do longo exílio,
Longe da pátria, meu e seu grande amor,
Completamente sozinho, naquele frio,
Sem poder em sua “Ipanema”,
Sentir seu sol e de seus amigos. o calor,
Em sua praia querida, em frente a rua,
(que hoje leva o seu nome)
Onde, no bar que frequentava, anos depois,
aquela “garota” compôs
(que mulher foi mais cantada?)
Todos, agora, sabemos, sua musa preferida...
Vendo-te e ouvindo-te, eu me rendo!
Agora, sei que não sou poeta, te lendo,
Nem sequer pseudo esteta, compreendo.
Desculpa-me, grande poeta, conterrâneo,
Minha ousadia, poeta meu, meu predileto!
Dos brasileiros, o que mais respeito,
Prometo-te, querido, nunca mais escrevo!
Minhas pseudo poesias, deixá-las-ei no leito.
Escondidas, adormecidas, envergonhado
Ou enterrá-las-ei em meus devaneios...
Amigos jamais repitam de novo,
Cada um tem seu estilo!
Poeta não tem estilo, tem inspiração,
Para poder voar nas asas da quimera
Com todo sentimento e muita emoção
Como a de Vinicius em sua paixão pela Nação.
Ah, como eu quisera!