SONHO SERTANEJO

Aquele rio lindo e transparente,

torna-se longe do sonho sertanejo.

A morte, a seca, aquele sol ardente,

deixam a terra nua, sem dó, sem pejo...

Corpo franzino, no rosto, a marca!

Toda sua vida em total desalinho...

O filho morto, em seu peito abarca,

o consolo, para quem anda sozinho...

Aquele coração, coberto pela fé,

em março, ainda renova a esperança,

como respostas às orações de José...

Dos bons tempos, a pouca lembrança,

da deslumbrante e linda paisagem;

como no sonho, fica apenas a imagem...

Marieta Belo Genofre – 30/05/2013

Direitos autorais protegidos pela

Lei nº. 9.610 de 19/02/1998.

Permita-me, Poeta Marieta Belo, juntando aplausos, seguir-te nesse canto à dor do povo nordestino - a que pertenço com orgulho.

CHUVA FEIA - Odir Milanez

O dia é cinza.

O céu a chuva enfeia.

Não há, do chão, de chuva algum desejo.

Mesmo assim se esvazia e se recheia,

numa sequência surda de despejo.

A chuva enxágua o asfalto e serpenteia

rua afora, forrada de sobejo,

sem proveito nenhum,

quando escasseia

até mesmo no olhar do sertanejo.

Olhar, temente a Deus, que a morte assiste

secando ao sol, sumido da peleia

pela pasto que ao pó não mais resiste.

Tal qual o seu olhar, o meu passeia

pela chuva sem causa e me faz triste.

O dia é cinza. O céu a chuva enfeia...

OKLima - João Pessoa-PB 02/06/2013

Direitos autorais protegidos pela

Lei nº. 9.610 de 19/02/1998.

É com todo carinho que agradeço esta tão bela interação. Obrigada, poeta! Seja sempre muito bem-vindo ao meu recanto. Será sempre um grande prazer recebê-lo e dividir contigo este espaço... Beijão no seu lindo coração...

Marieta Belo Genofre
Enviado por Marieta Belo Genofre em 30/05/2013
Reeditado em 02/06/2013
Código do texto: T4317764
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