DONA SULA E O EMOCIONANTE DEPOIMENTO DO PADRE ENALDO.

Admirada por todos barracoqueirenses dona Sula, teve em sua vida a filosofia de ajudar os seus semelhantes da pacata cidade da Barra dos Coqueiros(Se). Funcionária pública da Prefeitura da cidade, a nossa comentada primor pelos bens públicos e nas praças, ela se dedicara de corpo e alma para que os logradouros vivessem arborizados e que as plantas sempre mostrassem suas belezas, principalmente na Praça Erasmo Santa Bárbara que, depois do seu falecimento ficara desprezada .

Na religião, dona Sula teve um papel de destaque na cidade da Barra dos Coqueiros, onde juntamente com o Padre Pedro e suas amigas Maria de Rosa de Carvalho e Maria de Lourdes Rabelo (dona Pipi)realizaram leilões, bazares festas beneficentes e com o dinheiro ergueram a Casa Paroquial da urbe. Além de dedicar sua vida inteira às causas religiosas.

Um fato emocionante e inesquecível aconteceu com dona Sula, quando o padre Enaldo foi expulso da paróquia por causa de um casamento . Aqui transcrevo o depoimento que o pároco concedeu ao jornalista Osmário Santos. ”Uma mulher pediu para que eu celebrasse o seu casamento. Nem ela era casada na igreja, nem ele. Ambos eram casados no civil. A primeira esposa no casamento civil ficou insatisfeita com o novo casamento, pois não queria que o seu marido se casasse no religioso. Quando ela soube que ele iria se casar na Barra dos Coqueiros, na hora do casamento, ela quis invadir a igreja para rasgar o vestido da noiva. Quando o Jornal Gazeta de Sergipe colocou o assunto em manchete na primeira página, com todo o alarme, dizendo que era um casamento fantasma, porém com toda a verdade na reportagem de dentro, inclusive contando com depoimentos que prestei, foi a gota d’água para que fosse expulso da Barra dos Coqueiros em 24 horas”

Depois de expulso, Padre Enaldo salientou que se viu abandonado por todos e sem ter onde celebrar uma missa .”Era padre, tinha uso de ordem, mas fiquei esquecido pelos meus colegas,foi o maior sofrimento de minha vida. Rezava muito. Me vendo abandonado tive a sensação de suicido” Ele registrou que naqueles momentos tenebrosos era consolado por uma velhinha, dona Sula, que vinha com 30,40 pessoas, todas as semanas. Para rezar e me consolar. Termina emocionado, padre Enaldo o seu depoimento.

Reri Barretto
Enviado por Reri Barretto em 21/05/2013
Código do texto: T4301374
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