MÃES
MÃES
É fácil, falar sem metáforas sobre esse ser divino!
Em que pese ser ela o símbolo do amor que transcende.
A prestar-lhe acessíveis homenagens...
Contudo, há de se ser, e ter sentimentos.
Há de se saber conjugar o verbo ser, e o verbo amar,
E haverá de ser presente e futuro com ideação intensa!
Há que se ter o dom de amar sem ressalvas...
Há de saber renunciar, e serem exemplos.
Há de se ser sensível, leal e consciente!
Haverá de se ter na alma uma epítome,
Do que seja, singularidade, carinho e carisma.
Do que seja singeleza, devotamento e fortaleza.
Tem que se ter o entendimento, de que as mães não têm limites.
E que não importa a extensão das tempestades, mãe é luz que não se apaga!
É fácil cantar em prosa e versos esse ser angelical.
Contudo, há de se gostar das flores, e ser o florista,
De eternas primaveras por onde andam os sonhos das criaturas...
Haverá de se alcançar o verdadeiro sentido,
Das palavras, obstinação, esperança e desprendimento.
Há de se saber mesclar ternura e paz, amor e confiança.
Há de se ser os caminhos, onde semeiam a alegria,
A temperança e o devotamento e a compreensão!
Deve-se saber perdoar! E ser altruísta.
Deixar defluir as lágrimas se o coração se emociona.
Há de se comover com os berços sem esquinas, no ventre que agasalha a vida!
Há de se ter no currículo, noites em vigílias, doando-se com amor-abnegação.
Tem que se desvestir das presunções, e das apatias, e das intolerâncias...
Tem que se ter o dom de ser, na alma que se diviniza,
Pois mãe é a mais perfeita definição do que é o amor!
Albérico Silva