AO "DIA DAS MÃES"
Àquela a quem se deve a lei da Vida
À mãe, à sempre mãe sacrificada
Que dá tudo o que tem e não quer nada,
Ansiando apenas ser reconhecida…
Mas neste mundo-cão não há saída
Muito menos razão justificada
Para haver atitude envergonhada,
Sem nexo, de uma mãe sempre traída.
Há filhos, há enteados e há raras
Vidas humanas, com heranças caras
E de um negro horizonte desvairado.
Quem não conhece mãe, por devaneio,
Apenas o fará por ter receio
De não encontrar rumo assegurado.
Ai mãe, ó terna mãe, tu sabes bem
Que sem ti nunca pode haver ninguém
Que venha a ser feliz sem ser amado!
Frassino Machado
In JANELAS DA ALMA