José Pontes - O Arquiteto das Letras

JOSÉ PONTES – O ARQUITETO DAS LETRAS

J ustiça seja feita: o cara é bom!

O rganizada, meticulosa, criteriosamente

S eus versos calculados, refinados

E rguem-se, majestosos, qual obelisco imponente.

P alavra por palavra

O arranha-céu se eleva às alturas

N a rua, defronte, aglomeram-se os espectadores

T entam entender a magnitude da obra

E speculam, indagam

S erá o autor de tal façanha humano? Ou um deus?

O Arquiteto das Letras, eis seu epíteto.

A ritmética, gramática, álgebra, ortografia

R ima e métrica, prosopopéia

Q uadrilátero lúdico, permeado de lirismo

Ú bere guardião dos números e das letras

I rriga os corações e as mentes

T alha com martelo, ponteiro e talhadeira

E rige monumentos de sabedoria e bom-gosto

T ratamento inusitado

O s números, as fórmulas, a magia arquitetônica.

D ivide opiniões, soma adeptos, multiplica paixões

A s agruras da vida, ele as subtrai

S oluções matemáticas, mágicas, miraculosamente exatas.

L eiam, sigam, usem, apliquem, vejam, provem

E xtrapolem seus limites, o caminho foi traçado

T amanho talento não deve ser desperdiçado

R azão e emoção, racionalismo e misticismo

A plaudam o advento do engenheiro-mago-poeta

S abedoria-fusão-vocábulo-numeral: José Pontes – fenomenal!

CARLOS CRUZ – 26/03/2007