Uma árvore frondosa e uma linda história...
Foram tantos momentos maravilhosos proporcionados!
Fins de tardes inesquecíveis nos vêm à memória!
Saudades que o tempo jamais conseguirá apagar...

Quão agradável  era sentar à sua sombra e observar lá do alto da “Cava”, os caminhões carregados de carvão, os carros e os ônibus que chegavam e que saíam da cidade, principalmente das crianças inocentes, que tiravam o sossego dos seus pais, correndo para contar quantos carros haviam passados naquele dia...

Momentos mágicos, de encontros rotineiros não apenas casuais, mas determinados, pela paisagem e pela sombra agradável que essa oferecia aos casais de namorados, às crianças que corriam à sua volta e subiam nas suas galhas nas mais diversas brincadeiras, aos mais experientes contadores de causos...

Alí, todos colocavam os assuntos em dia, época em que as conversas entre amigos prevaleciam sobre as preferências dos programas de TV, da internet, que era apenas uma utópica ilusão... Fatos marcantes, sobretudo aos moradores da antiga “Cava”.

Na década de noventa, uma bela praça fora construída, um cartão postal de acolhida, entretanto, uma árvore histórica com mais de 40 anos é arrancada... e com ela, parte da história se perdeu... Suas raízes já expostas pela ação do tempo, contudo, bravamente resistia às intempéries do tempo...

Apenas para registro, cito algumas das muitas famílias que a conheceu de pé e que de alguma forma usufruiu das suas sombras. Familiares do Sr. Tote e dona Alvina...Osvaldo,Osvalnilde,Osvaldina, Osmar, Osvalmir, Tita, o saudoso Paulinho, Silvano, José Geraldo, Serginho e Lílian...
Os familiares do inesquecível e humilde Sr. Melquíades (contador de estórias e grande imitador); da numerosa família do Sr. Juquinha Lemos e dona Eva... Pedro, Edil, Eudes, Edis Chefim, Euder, Daltinho, Ildete e outros que me fogem à memória.
Também o casal Sr. Antonio Lopes e dona Gercina e seus filhos, dentre eles o Carlinhos, que foi meu colega de escola... Outro casal presente, Maria e Juca Ximbá e sua filha Liduína e seus inúmeros papagaios falantes; o marceneiro Sr. Preto Guedes, da Dona Eduarda, dona Joaninha (rezadeira), dona Sebastiana, Delmiro e Leninha...Dona Maria de Tinú, benzedeira;  Amália, a cantineira da Escola Estadual Cândido Ulhôa e seus filhos...Tio Raimundo e Tia Mariana com seus filhos Luiz Paulo, Glorinha, Glêis das Dores e Laeste Joaquim.
O Casal João “Catengo” e Mundinha com seus filhos; Sr. Manoelzinho da Torre; Sr. Lucas Gontijo e família; Vovó Mercês; Otávio e irmãos da família dos "Pamplona"; a saudosa dona Luzia  da grande família dos "Peixotos", Sebastião Oliveira e Rosália Quininho e filhos; Sr. Neca e dona Lia e filhos da família "Rodrigues Lopes",  e outros mais...

Todos, presentes e ausentes, como também esse autor, testemunhas oculares dessas palavras... E para hoje inspirar este modesto registro poético!


Nota do Autor: Agradecimentos à amiga Osvaldina Mota que me forneceu a imagem do Pé de Jatobá para ilustrar esse texto e o Eber Pereira (Ebinho) pela edição na foto.


Postado no Recanto das Letras e na linha do tempo do Facebook.nesta data.

Autor: Poeta Nunes de Souza
Bonfinópolis de Minas – MG “Ano do seu Cinquentenário, aos 15 de Abril de 2013”.