Festa do Trabalhador (Nostalgia)
Estávamos em 30 de abril de 1998, era véspera de feriado e a cidade está agitada, todos aguardando o show que aconteceria á noite. Serginho, conhecido como Gordurinha, um personagem bastante conhecido de todos na região ajudava nas amarrações das barracas; a propósito Sr. Altino cedera o passeio e a energia elétrica para ser utilizada por alguns expositores, dentre eles, não podemos esquecer de Da. Dulce, que prometera preparar um caldo fabuloso. Sócrates, presença carimbada com seu trailler vendendo caips e cachorro quente, Marinho no churrasco, enfim figuras ilustres que nos remete a momentos nostálgicos e singulares de nossa infância.
Tudo pronto para o inicio do grande evento, um palco enorme que posso observar está sobre duas carretas, aparelhagem de som com mais de tonelada de caixas, telões, uma mega estrutura, sem contar os camarins espalhados sob as boleias dos veículos.
Nesse dia iria se apresentar Djs e MCs da região, cantores sertanejos e a grande atração da noite; Fabinho do Terreiro com samba de raiz, mas o que aguçou meus pensamentos foi quem iria abrir o show da noite. Era a banda: "Zagará e suas Cabritetes Ambulantes do 2° grau"
Pois bem, assisti todo o evento e queria saber quem organizou tamanha festa para agradecê-lo, até que percebi o narrador da noite o lendário Marquinhos Copasa lendo o texto que dizia o seguinte: "A você meu super heroi Ebinho meus parabéns e muito obrigado por esta festa em nome de aproximados 150 mil trabalhadores da nossa cidade, meus profundos agradecimentos e começou a chorar...
Então mais que nunca procurei no palco, camarim e nada até que bem longe da multidão estava assentado um senhor de cabeça baixa lamentando alguma coisa e em seu lado em pé o organizador do evento. Ebinho estava consolando aquele andarilho com os dizeres: " realizei o evento assim como idealizei a pelada 10organizada e várias outras ações, mas o que mais me incomoda é saber que o senhor está angustiado, e deixaria tudo e trocaria infinitos eventos para poder usufruir de um sorriso em seu rosto...
E naquele instante o andarilho levantou-se e disse: Não amigo, você com sua atenção já fizeste com que meu coração sorrisse...
Obrigado!...
Texto escrito por Renato Nascente, na época o idealizador da sátira cômica intitulada Zagará e sua Cabritetes Ambulantes", um show inesquecível.
Obrigado amigo por este presente, que agora perpetuo...