VÓ BRASILINA(COREAÚ-CE)

Vó Brasilina a melhor parteira de coreaú

Brasilina Aulinda Damasceno conhecida como vó Brasilina e mãe Brasilina, esta senhora de família muito simples filha de dona Maria Francisca do nascimento e de Vicente Rodrigues Damasceno, casada com Raimundo pinto de mesquita onde deste casamento teve gerado sete filhos: Virgínia (dona Gina), Rita, Vicente doca, Chico doca, Raimundo doca, Chagas doca e José doca. Encontram-se ainda vivos atualmente Vicente doca e dona Virgínia (dona Gina), esta humilde senhora se tornara uma das melhores parteiras (cachimbeira) de Coreaú, segundo pesquisas feitas anteriormente não se sabe ao certo sua idade, pois o que vó Brasilina informava era “não sei meu fio só sei que na era dos três oito”, 1888, eu já tinha uns treze anos, contudo sua vida era muito simples não tinha riqueza, vó Brasilina era uma das parteiras mais procurada de Coreaú pelas senhoras de família rica, sua mãe segundo relatos não exercia essa profissão de parteira.

Vó Brasilina se destaca das demais parteiras por ser a mais procurada naquela época, e é admirável a capacidade e inteligência adquirida por esta mulher, pois nesta época havia total ausência de enfermeiros e médicos, e pela sua experiência de vida ao passar dos tempos sabia a hora de fazer um parto de uma mulher.

Ela começara a sua profissão depois de ter ajudado pela primeira vez uma de suas amigas a ter uma criança, pois neste momento apenas ela estava presente quando sua amiga começara a sentir as dores para ter seu filho, vó Brasilina muito nova com apenas 19 anos na época conseguiu fazer o parto, e daí em diante não parou mais, fazia os partos por amor não cobrava nada. Tornara-se uma das mais conhecidas parteiras desta cidade, pode-se dizer que ela é a mãe de Coreaú.

No decorrer de sua vida parteriana ela adquiriu saberes e conhecimentos diga-se sozinha, obteve em suas mãos apenas dois óbitos de mães, seu conhecimento era tão grande que segundo a entrevista dona Maria de Fátima pinto costa neta dela, informou que “ quando uma pessoa ia chamar ela pra fazer o parto ela começara a rezar, e se ela errasse na reza ela não ia porque sabia que a mãe ia morrer, e assim acontecia”. Rezas essas que não foram reveladas por ela, vó Brasilina rezada apenas para o ato de partejar não era rezadeira de outras coisas.

“A parteira é reconhecida e respeitada pela sua comunidade, e muitas delas usam práticas populares, como uso de plantas medicinais, supertições e de simpatias, além das sempre presente oração, tornando-se a fé um parâmetro para que o trabalho de parto aconteça sem maiores problemas, independentemente da religião que pertençam. Normalmente esse tipo de trabalho é passado de mãe para filha, perpetuando gerações de parteiras.”( http://br.guiainfantil.com) autor não identificado.

Muitas crianças foram pegas por vó Brasilina destacarei alguns nomes Vicente Cristino de Menezes, Geraldo Vicente de Menezes, Anastácio Queiroz, seus netos, seus bisnetos. Seus últimos partos feitos foram os de seus netos Euci e Lucas, Maria Euci Pinto nasceu em janeiro de 1971 e o Lucas em outubro também no ano 1971, quando ela pegara seu neto Lucas já cansada e quase cega ela precisou de ajuda segundo relatos Raimunda Combessa lhe ajudara e por conta disso dessa sua perda de visão ela parara com a profissão. É datado que o último parto feito de seu neto Lucas foi em 01/10/1971 ela acabara sua paixão pela sua profissão.

Portanto essa ilustre senhora Brasilina Aulinda damasceno será sempre lembrada por sua grande participação na sociedade Coreauense, ela morrera no dia 07 de dezembro de 1982 estava já com perda de visão e um pouco surda. Um fato datado em sua homenagem foi uma praça em seu nome construída na gestão do prefeito Francisco Cristino Moreira, sua inauguração ocorreu em junho de 2004 em homenagem a vó

Brasilina dada o nome da praça “Mãe Brasilina” representação de carinho e preservação da memória por ela ser uma das mulheres guerreiras em ter trazido tantos Coreauenses a vida.

A história das parteiras

Recebe também outros nomes como: curiosa, aparadora, etc. e representa um profissional muito importante na história da assistência ao parto.

Sua função é tão antiga quanto á própria humanidade. Através da história foram perseguidas, combatidas e caluniadas pelos representantes da sociedade que detinham certos poderes, tais como sacerdotes, administradores, médicos. Muitas vezes considerada ignorante e perigosa para a mãe e a criança, além de faltar ao asseio em suas práticas, na idade média chegaram a ser queimadas nas fogueiras da inquisição.

A imagem da parteira é sempre ambígua. Tenhamos por ela simpatia ou antipatia, facilmente ocorrem exemplos que a valorizem e que a condenam. Ela pode ser aborteira ou denunciar mulheres que abortam, tornar-se cúmplice de infanticídios ou auxiliar a reprimi-los, facilitar o abandono de crianças ou participar da procura de mães que doam seus filhos.

E assim é porque a parteira se encontra em uma encruzilhada onde a vida e a morte podem estar presentes. Influi sobre seu comportamento o interesse sórdido ou salidariedade, o medo da repressão. A preocupação com preservação da vida ou a ausência de senso moral. Assistir ao nascimento é uma função sagrada. Um chamado de Deus para defender a vida nascente.

No Brasil, as parteiras através de sua história até os dias de hoje, são inúmeras e incontáveis. Em algumas regiões viajam a pé, a cavalo, em pequenas embarcações, por estradas, por rios ou no meio da mata. As vezes, devido ás dificuldades de locomoção, passam vários dias na casa da parturiente, á espera da hora do parto. Rezam implorando a proteção dos santos, de Deus e de nossa senhora. Cantam para a paciente canções de estímulos e de conforto.

Sua importância é tão grande que há um dia especial para elas.

O Dia Internacional da Parteira, no dia 05 de maio, foi instituído pela Organização Mundial da Saúde em 1991, para salientar a importância do trabalho das parteiras em todo o mundo. Em diversos países, o Dia Internacional da Parteira tem sido comemorado por diversas organizações ligadas à defesa dos direitos das mulheres.

Regina Bruna
Enviado por Regina Bruna em 14/03/2013
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