Isso, diga uma poesia para que eu me ria!

Este é o meu poema favorito. Não sei quem o escreveu. Copiei-o de um suplemento do Jornal de Letras dedicado à divulgação de textos de autores desconhecidos. Isto em 1986 ou 1987. Guardei-o até hoje e vou aqui registá-lo, como quem coloca uma mensagem numa garrafa e a lança ao mar, esperando que alguém a leia e lhe dê atenção.

Depois do almoço

quando arrastamos a cadeira

um pouco para trás

uma sonolência morna entrelaçada de luz

entra pela janela

ludibria as cortinas

e difusa poisa no vinho

é nessa altura que dizemos

vou comer este diospiro

antes que apodreça.