DIA NACIONAL DA POESIA

PEQUENA SAUDAÇÃO AO DIA NACIONAL DA POESIA, NESTE 14 DE MARÇO (DIA DO NASCIMENTO DE CASTRO ALVES E PARA MIM E EM MIM, ANIVERSÁRIO DE 23 ANOS DE UM ENCONTRO TSUNÂMICO QUE ALTEROU, EM DEFINITIVO, TODOS OS RUMOS DA MINHA VIDA AMOROSA E NÃO APENAS DELA... NÃO APENAS DELA... AI)

NO INÍCIO DA MADRUGADA DE 14 DE MARÇO DE 2013

Os poetas existem, a poesia continua existindo, sempre continuará existindo. Ocorre que é outro o calendário dos poetas e da poesia; é outro o seu calendário, assim como a sua agenda. Ser poeta e abraçar a poesia é e sempre foi e será ato de solidão, de muita renúncia e da comunhão desejada -quiçá- possível, com outros poetas e também com os que desenvolveram o necessário da própria antena poética. O poeta e a poesia são, ou ao menos devem ser, por princípio, seres que não obedeçam, que se contraponham, cada qual do seu modo, aos ditames das escritas e dos mundos oficiais. Poeta deve ser um ser que se rebela, que usa da linguagem poética para dizer de sua rebeldia. É assim, deveria ser sempre assim; é suportar e conviver com este destino que, muitas vezes, semelha cruz muitíssimo pesada. É sangrar, mas, prosseguir, ressuscitando quantas vezes for preciso morrer. A poesia, invariavelmente, nos cobra o seu preço e não nos há como fugir dele: Não há.

Uma visão romântica da poesia e do ser poeta? Por certo. Eu, poeta desde sempre romântica tardia, reconheço tal fato, bem pouco confortável em tempos pós-modernos, pelo menos no que se refere à tradição da poesia lírica, que os chamados poetas líricos vivem no fio de espada, sempre e mais do que nunca, nesta contemporaneidade. No fio de espada. Aliás, onde eu, pessoalmente, vivo o tempo todo, em tudo, em todas as coisas, na poesia e fora dela, ainda que sempre imóvel aqui: uma árvore, que ave só pela palavra. No fio de múltiplas espadas, sempre. Sem pecúlios, sem ganhos “reais” nenhuns, de nenhuma espécie, a guardar quase só perdas, no cofre de palavras e de silêncios que não servem para nada. Já não disse certo poeta que poesia é “um inutensílio”? Certo: inutensílio, ao mesmo tempo o pão e a água dos que vivem pela e para a linguagem das palavras.

GRITO

No meio da noite

me acorda um grito

de todos os sentidos

inarticulado.

Dar forma a esse grito:

meu ofício.

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4/03/2013 16:03 - Tony Bahia

GRITO NA ESCURIDÃO

Não rumino amores passados

Abomino quem me deixou marcas

Sou sentimento e não gado

Grito na escuridão.

Meu ser é feito de gelo

A alma derrete a toa

Parece fina garoa

Nos tempos da solidão.

No tédio não vejo beleza

muito menos na angústia fria

Sou luar quando noite

Sou o sol quando dia.

Lindo texto Zu!...sempre intensa e profunda em tudo que sentes e por isso escreve, vir aqui além de ser um convite ao devaneio, à loucura...é um convite à inspiração...beijos azuis e violetas...Parabéns pelo dia da poesia...

Tony querido, obrigada; queria ser exatamente como dizes em teu belo poema-interação, mas, tenho uma memória implacável, não sei esquecer nada, ninguém. Ainda bem que continuo uma eterna rebelde, rebelde-árvore, embora nunca mais rebelde-ave, a não ser apenas e tão somente pela imaginação, o que não me basta e oprime sempre mais e mais, mas, fazer o quê? O que não tem escolha, escolhido está. Muito obrigada, com meu beijo violeta.

Zu.

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14/03/2013 17:18 - Lilian Reinhardt

Parabéns querida Zu!

Não és só Vida,

és tu Arte com tua Vida,

Poema que se lavra

na voz

Palavra-Canção do teu Ser.

Minha Reverência! Namastê!

Minha terna e querida amiga, eu é que devo curvar-me diante de ti; muito obrigada por estar-me, por estar em mim.

Namastê.

Zu.

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