SILENCIO

Cala-se o sonho visceral do canto

O gemido sonoro e distante

A última luz do desejo latente

O último refrão sussurrado num pranto

Freio brusco e repentino do Alazão ligeiro

Veio de ouro em mina perdida

Sina de Rei de alma vencida

Seresteiro disfarçado de moleque arteiro

A voz que gritava por sol

O olhar que clamava por tempo

As mãos presas ao vento

Atadas à sua missão atroz

Dorme e descansa ave encantada

Enquanto é escrito teus novos caminhos

Por aqui vou versando um poema carinho

A ti, meu trovador de alma rebelada.