Essa Luta é histórica e muito antiga...
Dia Internacional da Mulher
Com muito carinho, preparei essa simples Homenagem, simplesmente porque... Nós somos especiais!!!
Junto aos homens (de boa vontade) conquistamos vitórias e iremos conquistar muito mais!!!!!
Comemoração das conquistas, mas reflexão sobre a luta por muito que ainda falta para conquistar...
"De colar e batom, de salto ou de sandálias rasteiras, usando vestido curto, decote, saia longa, bermuda ou short e camiseta... Com os pés no chão, vamos dar as mãos! Caminhemos bem atentas à realidade que nos cerca. Observemos os fatos locais, regionais, nacional e internacional. É preciso união para lutar por transformação. Ninguém consegue vitória (se o sonho é pelo coletivo) quando caminha isoladamente. Sonhar sozinho/a significa apenas sonhar. Sonhar juntos pode ser sinal de realização. Desde os primórdios, houve mulheres que se destacaram, que assumiram posturas de luta, de defesa dos direitos da sociedade, ainda que essa sociedade fosse o povo de seu reinado ou simplesmente a defesa de suas famílias.
Não deixemos para amanhã o passo que podemos dar hoje. Não deixemos passar despercebidos fatos ou situações na sociedade onde vivemos, ainda que não estejam diretamente relacionados conosco, mas certamente um dia poderão nos afetar ou afetar alguém ligado a nossa família. Pensemos nisso!
Tomemos como exemplo de fé, coragem e determinação, a história das mulheres da Bíblia.
As mulheres da Bíblia que mais me fascinam, a exceção de Maria, mãe de Jesus, sãos as histórias de Judite, Ester e Suzana."
Mas... falar das mulheres, fica praticamente impossível não falar da violência que tem ceifado milhares de vidas, anualmente em nosso país.
Abaixo, texto que ilustra o tema, e enfatiza a necessidade de lutarmos juntos para mudar essa triste, dolorosa e vergonhosa realidade".
(Isis...)
"(...) Viver em sociedade nos dá um ônus de viver e sofrer formas várias de violência institucional, e essa atinge a todos, homens e mulheres, indistintamente. Bala perdida, fila em hospital, escola deficitária, transporte precário, falta de moradia, a não divisão justa da terra são formas de violência que a todos atingem.
Porém, a violência contra a mulher tem um jeito próprio de ser e de acontecer e começa já no aprendizado do menino. O aprendizado da violência é recebido pelos homens na sua educação, verticalmente, de cima para baixo, de pai para filho, dos que já sabem “ser homens” para os que estão a se transformar em um. Rituais violentos. Nada de lágrimas ou emoções para os meninos.
E tudo segue numa espiral, um círculo vicioso, que se auto reproduz. É preciso cortar essa trajetória. Fazer e educar homens e mulheres com sensibilidade e com afeto. E se a luta das mulheres é importante e não vai se esvanecer, é preciso trazer para ela os homens. E estes não devem apenas estar junto das mulheres, como porta vozes da luta delas ou como amigos da causa. Os homens precisam se reconhecer gestores e autores da violência para, então, buscarem a mudança desse paradigma e afastarem de si esse papel que é quase social.
É um processo bastante difícil para o homem face ao seu aprendizado tão antigo de ser o senhor, o dono, o cuidador, o responsável. Construir um novo homem, de dentro para fora, pode até ser algo doloroso, mas é imprescindível e necessário para que homens e mulheres alcancem a desejada igualdade, a dignidade e seu papel de cidadão. Leis podem aparecer no papel e ter seu grande significado e eficácia, mas é na alma de cada homem e mulher que a transformação há que se dar.
Aos homens cabem maior reconhecimento e apropriação de seu papel na realidade da violência de gênero. Às mulheres, mães de futuros homens, cabem dar a esses filhos caminhos de sensibilidade e senso de igualdade. E, que nesses momentos de comemoração, homens e mulheres reflitam, cada qual, sobre seu papel na luta contra violência de gênero e façam cada vez mais presente em si um sincero desejo de mudança".
Dora Martins
Integrante da Associação Juízes para a Democracia.
Isis Dumont